quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Contra o estado das coisas e as coisas no estado em que estão."


"Contra o patriarcado, o matriarcalismo.
Contra a família, o ato gerador e o amor espontâneo.
Contra o parentesco, a afinidade.
Contra o poder e a culpa de ser pai, a vantagem de comer a filha.Contra o sexo proibido, o sexo.
Contra o sexo casual, o sexo animal.
Contra a guerra dos sexos, o sexo entre os sexos.Contra o desenvolvimento industrial, a educação.
Contra a globalização, o comércio local.
Contra o trabalho, o tempo livre.
Contra a falta de cultura, o ócio.
Contra a desocupação, a atividade artística.
Contra o desemprego, a produção cultural.Contra o governo, nem precisa falar, né?
Contra os capachos do palácio, os capatazes do engenho. Chicotada neles!Contra a Tiazinha, nada não.Contra o estado letárgico, a iniciativa individual.
Contra a indecisão, o risco.
Contra o sucesso, a certeza de alcançar.
Contra o esforço, toda força de vontade.Contra a promessa, a palavra.
Contra o compromisso, o encontro marcado.
Contra a seriedade da coisa, a diversão.Contra a cerveja, o cigarro.
Contra o rock'n'roll, drogas.
Contra o sexo, nada, nunca.E por que não?"

Dedicado a todos aqueles que são considerados "do contra". Afinal, sem essas pessoas tudo seria muito sem graça, muito constante, enfim, muito ruim. São opiniões contrastantes que fazem nascer incríveis debates e ótimas discussões. No entanto, esse texto não está vinculado aos que são "do contra" especificamente, mas ao fato de existir uma oposição para tudo. Por exemplo: não existiria amor, sem a indiferença; não existiria o conceito de vida, sem a morte; não existiria paz, sem a guerra, e por aí vai.
Fiquei motivada a retratar sobre esse tema, pois é algo muito presente no cotidiano de muitas pessoas, uma vez que tudo que existe, só existe com a condição de ter algo se opondo a si próprio. Desse modo, gostaria de relatar sobre a grande diferença que existe entre os estereótipos e a realidade, já que é um dilema que eu mesma vivo diariamente. Bom, como estava discutindo recentemente com duas pessoas queridas, concluí que o mundo enxerga cada um de uma maneira específica, com o tal do estereótipo. É difícil aceitar isso, porém necessário, já que nós mesmos temos um estereótipo, concordando com ele ou não.
É possível perceber que essa teoria pode ser aplicada a várias pessoas conhecidas, tal como: Fulano é chato; Beltrana é burra; Ciclano é interesseiro, etc. Recentemente, escutei de uma sábia amiga que uma grande parcela de pessoas que não me conhece, me enxerga como alguém incapacitada de escrever o que eu escrevo aqui, ao passo que meu comportamento não é cético e idealista, ou até mesmo "intelectual", mas sim o contrário, visto que sou brincalhona e extrovertida (ao que tudo indica, pessoas assim não tem o perfil de quem escreve em um blog, ou, se escreve, é pseudo-intelectual).


Dessa forma, gostaria de deixar um recado:


* Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual[1].
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada
estereótipo. Exemplos: "todos os alemães são prepotentes", "todos os norte-americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos".
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um
erro.
Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da
crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio.



Em suma, é impossível agradar a todos, não existe ninguém que tenha conseguido tal pretensão, certo? Sim. Não obstante, é necessário respeitar, apesar de não concordar com certas situações e pessoas. Pensando assim, vejo que preciso melhorar muito nesse aspecto, porque eu passo a impressão de ser muito intolerante, principalmente quando o assunto em questão é a música. Isso é algo que preciso aprender a respeitar, pois no lugar em que vivo, existe um padrão que agrada a maioria, e não há como mudar isso.


Acho que por hoje é só, meus queridos leitores e críticos haha. Um beijo e um abraço para quem fica, Isadora.



2 comentários:

  1. Muito bom também...tudo bem que eu sou suspeita, mas gostei.

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  2. Precisamos aceitar viver "as diferenças" que são inevitáveis para nosso crescimento pessoal nessa vida!

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