sexta-feira, 26 de março de 2010

Mrs. Sarkozy



"L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ca s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ca me blesse, ou me lasse, selon les jours

L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,

Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,

L'amour ça ne va pas,
C'est pas du Yves Saint Laurent,
Ca ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour j'laisse tomber!

A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,

L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment!"

Está aí a letra de uma música suave, despretensiosa e típica da primeira-dama francesa e ex-modelo Carla Bruni, artista respeitadíssima por minha humilde pessoa. Quem tiver curiosidade, pesquise a tradução dessa música (chama-se "L'amour") e se delicie com os fatos verdadeiros sobre o amor que são ditos em versos simples e deliciosos!

P.S.: Já que o papo é música francesa, deixo a dica: Camille Dalmais! RECOMENDO! Um beijo e um abraço, Isadora. :)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Nua e crua, como de praxe



Sou formadora de opinião, não de verdade
Sou adepta ao uso do jargão, não da informalidade
Escrevo sempre por paixão, não por vontade
Sou promotora de bafão, não de causalidade
Se eu peco é no excesso, se eu faço é na vontade
Se você não é adepto, convido-o educadamente a daqui se retirar.

Quando falo, quero ser ouvida
Quando escuto, sou atenciosa
Felizmente, sou atendida
Infelizmente, sou tida como pretensiosa.

Vivo em um mundo hiperbólico, não gosto dos meios termos
Se você é morno e bobo, peço que não se aconchegue.
Mas se você for louco e fogo, grito que me enlouqueça.

Por alguns sou tida como esperta, enquanto outros acham que sou “pseudo”
Para mim sou só mais uma, mas ainda assim sou um segredo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Perdas


Às vezes a vida nos surpreende com perdas, perdas essas que se tornam enormes vazios dentro de nós... Conforme a dor não passa, tentamos preencher esses vazios com outras pessoas, coisas, atividades, até então nos conformarmos. A conformidade tende a demorar e a aceitação realmente costuma ser postergada. Felizardos aqueles que a encontram facilmente. Em suma, é válido ressaltar que existem várias tentativas sendo usadas pelas pessoas, mas que, sinceramente, não funcionam. A dor da perda deixa uma cicatriz muito forte e dolorida, que não pode ser preenchida nunca. Logo, a conformidade aparece quando a pessoa se dá conta disso e vive sua vida normalmente, lidando bem com isso, já que é algo de fato normal. E a cicatriz passa a não doer mais, só deixando marcas. Já notaram que as cicatrizes sempre trazem histórias dramáticas, mas nunca são lembradas durante o dia-a-dia? É, ficam lá como se fossem parte da pele “normal” (não marcada pela cicatriz), mascaradas.

Ademais, acredito que a vida não seja feita apenas de ganhos e sorrisos, mas muito mais de perdas. Quando as coisas estão indo conforme deveriam, nós não evoluímos, estagnamos. Acostumamo-nos com a calmaria e esquecemos da tempestade. É a tempestade que instiga nossa inteligência e nosso bom senso, não a calmaria, que, por sua vez, estimula nossa comodidade. Desse modo, quando perdemos a noção do roteiro de nossas histórias, quando acontecem tragédias (grandes ou não), crescemos muito mais do que se tudo estivesse bem. Não quero ser pró-sofrimento, muito pelo contrário, penso que é possível evoluir sem ter que sofrer perdas, mas são elas que nos causam um impacto mais forte. FATO!

Recentemente, o nossa cidade sofreu perdas irreparáveis. Duas mulheres infelizmente vieram a falecer, deixando entes queridos devastados e entristecidos com a surpresa com que vieram a deixar nosso plano mundano. Esse discurso acaba parecendo egoísta, porque pessoas no mundo inteiro morrem a todo instante, e eu estou aqui falando de apenas duas. Mas foram as que eu tive contato (indiretamente falando, pois não conhecia nenhuma delas), portanto são as que despertam em mim um sentimento mais constante de reflexão.

Não vou falar detalhadamente sobre elas, por respeito ao fato de que ainda é muito recente e também aos familiares e amigos que podem ler meu texto (a Internet é um mundo tão pequeno, afinal) e se sentir expostos ou sei lá. O fato é que pelo pouco que sei de ambas, entendo que eram seres do bem. Sabe? Pessoas bem intencionadas, inteligentes e dedicadas, que não deveriam ter sido "levadas" daqui tão cedo. No entanto, eu acredito piamente que todos nós temos a nossa hora de partir. Nascemos, vivemos, fazemos história e partimos. É doloroso demais encarar as perdas de forma objetiva, mas pode ajudar. Penso que vivemos os famosos cinco estágios do "Modelo de Kübler-Ross" (mas readaptados ao que estou falando), sendo eles: Negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.

Eu estou longe de ser uma pessoa fanática ou religiosa, mas afirmo com toda certeza que sou uma pessoa de fé. Agora, mais do que nunca, eu estou mentalizando muito pelas famílias e pelos amigos dessas duas mulheres, porque eu imagino a dor que eles estejam sentindo. Eu tenho certeza de que a vida não está restrita ao plano mundano, ao passo que existe algo além. Tem que existir...

Eleonora e Jaqueline, descansem em paz.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O mal de estar sozinho


Olá, caros leitores,

Após assistir um episódio de Sex and the City, em que o tema em questão era a solidão (no sentido de estar sozinho, não de se sentir sozinho), fiquei pensando a respeito do modo como as pessoas encaram a solteirice nos dias atuais. É possível encontrar inúmeras pessoas associando compromisso à felicidade, o que é considerado por mim um erro catastrófico.

Estar sozinho não implica em estar infeliz, da mesma forma como estar namorando não implica em estar feliz. Atualmente, a sociedade em geral, vê a solteirice de forma negativa, como se nós, descompromissados e descompromissadas do mundo afora, fôssemos aberrações. Em suma, gostaria de discutir a respeito desses mitos e, como de praxe, defender minha opinião a respeito.

Bom, de fato existem fobias das mais diversas possíveis. Uma das fobias que aterroriza o homem contemporâneo é a solidão. Todos cresceram aprendendo que a fórmula da felicidade consiste em encontrar o seu par perfeito e formar uma linda família. Ah, e ter (muito) dinheiro! Apesar de a idéia ser irresistível, eu não compro. A felicidade vai muito mais além disso, obviamente. Mas, voltando ao assunto em questão, o medo de estar só. Enfim, existem muitas pessoas passando por isso, de modo que preferem viver ilusões amorosas a viver com sua própria companhia.

A simples idéia de estar sozinho ou de ser visto sozinho em público deixa milhões de cidadãos inseguros, refletindo sobre o por quê dessa realidade os assombrar. Isso não deveria acontecer! Desde quando estar solteiro é sinal de fracasso pessoal? A simples noção faz com que eu me sinta irritada. É claro que em certos casos pode ser verdade, mas não em todos.

Eu, Isadora, posso falar com toda certeza que conheço pessoas que vivem relacionamentos fajutos só porque não conseguem lidar com a idéia de estar sozinho. Namoram por namorar, casam por casar, ficam por ficar. Assim, questiono: Onde entra a realização pessoal? E a felicidade? Pois é, não há espaço para ambas... Porém, a princípio! O mais chocante é que as pessoas que falseiam relacionamentos são felizes. Ou pelo menos aparentam ser. Vale salientar que tudo isso é baseado nas aparências.

Eu não posso deixar de perguntar: viver em uma mentira é compensatório? Domir com alguém que você não é apaixonado, não admira, é melhor do que dormir sozinho? A consciência de cada um sabe muito melhor do que eu, leiga em relacionamentos, as respostas para essas perguntas.