segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Amor, I love you!


Olá, caros leitores e árduos críticos de porra nenhuma,

Venho por meio deste blog com o intuito de escrever sobre uma temática um tanto banalizada nos dias atuais, mas ainda assim almejada por seres humanos de todas as idades, cores e valores: o amor. Ah, o amor! É involuntário dar um suspiro ao pensar no tamanho do significado dessa simples palavrinha. Bom, pelo menos comigo é assim haha. Aos românticos e xexelentos de plantão, um aviso: esse texto que está sendo escrito não trará nenhuma idealização! Portanto, se espera ler coisas inspiradoras sobre o amor, dê o fora e compre um romance.

Em suma, gostaria de fazer uma pergunta simples, porém difícil de ser respondida: O que realmente é o amor? Caso você, leitor, seja extremamente curioso como eu, tente fazer uma pesquisa na Internet sobre o amor. Serão encontradas inúmeras definições possíveis, que vão de Shakespeare a anônimo/desconhecido, mas nenhuma delas é exata. São hipóteses, versões, viagens provindas do uso de substâncias ilícitas, ou apenas viagens de pessoas pensantes,...


Enfim, o que estou querendo dizer é que não existe uma explicação totalmente verdadeira sobre a definição de tal sentimento, uma vez que ele é vivido por inúmeras pessoas de inúmeras formas possíveis. Existe tanto tipo de amor, tal como o melancólico, o platônico, o obsessivo, o xexelento, o fraternal, o paternal, o maternal, o "de verão", e por aí vai... Assim, tentar achar uma única definição não passaria de uma generalização.

Bom, o fato é que cada pessoa tem um jeito único de amar, de modo que nele existem intrínsecas várias neuroses e inseguranças, o que quebra qualquer teoria defendendo a idéia de que o amor seja um sentimento perfeito. Se tem algum sentimento, se é que podemos chamar o amor de sentimento, que não seja perfeito é esse. Todos nós carregamos conosco nossos traumas, nossas crenças, nossos valores morais, nossos desejos, e sobretudo, nossas expectativas. Somando-se a isso a dificuldade de se relacionar com outrém, nota-se o quanto amar é complicado.

Quando amamos, preocupamo-nos, ficamos ansiosos, sentimos medo, saudade, raiva, tesão, admiração, repulsa, enfim, tudo possível, ao passo que o amor é a soma de todas as sensações existentes. Alguns costumam defender a idéia de que o oposto ao amor é o ódio, mas eu discordo. A indiferença, vulgo ausência de sentimentos, é que se opõe ao nobre sentimento em questão.
Tentando definir um pouquinho do que pode ser o amor: Amar é se importar, é fazer questão de estar junto, é fazer questão de saber como foi o dia, é surpreender, é ouvir, é aconselhar, é valorizar cada mínimo detalhe, é sorrir, é brigar e fazer as pazes, é ficar preocupado quando as coisas não estão dando certo e propor resoluções, é ter medo de perder, é torcer, é chorar por quaisquer razões, é abrir mão de inúmeras convicções e hábitos, é abstrair, é ter paciência, é se entregar de corpo e alma, é TUDO.
Mesmo que o amor não seja certo, sinta, grite, assuma. Por mais que a sensação de arrependimento venha depois, caso não houver a reciprocidade, amar só atrai coisas boas. A princípio, pelo menos. Ninguém disse que amar é algo romântico, perfeito, eterno. Não é isso que eu estou argumentando.

Na minha família, costuma-se dizer que quem ama cuida. Desde criança cresci ouvindo isso, logo, penso que quem ama faz, não diz. Conheço inúmeras pessoas extremamente teóricas, que adoram banalizar o tal do "eu te amo", que dizem por dizer, ou por qualquer outra razão que não faça juz ao que realmente é importante. A esses indivíduos digo apenas uma coisa: saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra completamente diferente. Por isso, o amor é uma grande responsabilidade.

Não obstante, como demonstrar o amor? Como diria Martha Medeiros, "A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? " Hahahaha, concordo em gênero, número e grau.

Para finalizar esse textículo meia boca, colocarei uns trechos de um texto da Martha que eu sou completamente apaixonada. Aos que ficam, um beijo e um abraço. Ah, quero deixar uma dica: o medo é o maior inimigo do amor, portanto, carentes do mundo inteiro (uni-vos! hahaha NOT), abram seus corações de maneira realista e se entreguem. Nada de beber porque amar é difícil haha. Hasta la vista, babies.

"Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"O Insensível" por Andrew Miller




- E gostamos de nós mesmos?
- Certamente.
- E se não gostarmos?
- Se não gostarmos de nós mesmos, monsieur, então estaremos perdidos, pois um homem que não gosta de si mesmo está repleto de dúvidas. Nós sobrevivemos e existimos porque somos verossímeis. Quando a equilibrista duvida ela cai. Quando o espadachim duvida ele morre. Devemos temer mais a duvida do que um estilete.




domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fama X Anonimato


Olá, caros leitores e árduos críticos de p*** nenhuma,

Após muito tempo afastada daqui devido à falta de inspiração resolvi retornar hoje para escrever sobre algumas ambições sociais presentes em grande parte da população, e que, se forem levadas muito a sério, podem ter um final patético. Bom, o fato é que a Grande Mídia apresenta uma forte tendência a manipular seus expectadores, de um modo tão sutil e intenso que poucos são capazes de saírem ilesos do seu poder. Costumo defender o pensamento de que aqui no Brasil existem quatro poderes: Executivo, Judiciário, Legislativo e a Rede Globo.

A mídia, em todas suas facetas, atua com o claro objetivo de entrar nas nossas mentes. Aquela idéia de "Veja with lasers" pode ser aplicada aqui como um grande exemplo! No entanto, que fique claro, não são todos os setores assim, a exemplo do jornalismo engajado, ético e comprometido com a verdade. Enfim, vocês devem estar se perguntando: "Aonde essa garota quer chegar com toda essa introdução?", certo?

Em suma, desejo abordar sobre a idéia envolta de um conceito criado por quem? Pela mídia! A tal da fama, conhecem? A própria, capaz de deixar nós, meros seres mortais, morrendo de curiosidade. Caso contrário, o que seria de sites como EGO (http://www.ego.com.br/) e Just Jared (http://www.justjared.com/), que só existem para expor a vida de aclamados ou meramente inúteis artistas? Nadica de nada. Por que a demanda pela participação de programas como Big Brother Brasil é sempre enorme? Por quê? Bom, caros leitores, aqui está a minha resposta... Pela tão almejada fama.

As pessoas costumam apresentar uma necessidade tão grande de reconhecimento, de aceitação, que se dispõe a passar pelos mais humilhantes papelões. Todavia, não são só os reles normais que vivem esse dilema. Personalidades conhecidas, como a socialite acéfala Paris Hilton, chegam a aprofundar essa neurose de uma forma patética. Penso que a fama seja como um vício, uma vez lá famoso, você vai querer cada vez mais notoriedade, mais revistas estampando seu rosto, mais fã-clubes, mais, mais, mais! Ai, como é cansativo. Acredito que seja uma doença quase incurável: Egocentrismo exacerbado.

Obviamente, ser famoso não é só um inferno fútil. É possível conseguir inúmeras vantagens com a fama, mas não é por esse caminho que eu quero trilhar nesse texto. Nesse momento, quero trazer esses conceitos para minha realidade. Até onde as pessoas vão quando são famosas? E quando são anônimas?

Penso que os políticos lidam com isso a todo o momento. Por serem famosos, devem ser moralistas, além de deverem se portar como cidadãos exemplares, não poderem se envolver em escândalos sexuais, ou quaisquer tipos de escândalos. Mas será que isso acontece na realidade? NÃO. O sujo da mídia é que ela mostra só o que deve ser mostrado, o que ela quer que os expectadores acreditem que seja verdade. Aí entra a fama... Dependendo de como a mídia vende as personalidades (cantores, atores, políticos, socialites,...), elas são veneradas ou detestadas. Não existe meio termo. São os excessos que vendem revistas!

Entretanto, a fama não está restrita ao meio artístico. Nós, meros mortais sem fama aparente alguma, também estamos sujeitos a ser rotulados com estereótipos dados pelo meio social em que vivemos. Aqui em Uberlândia isso é facilmente perceptível. Qualquer vacilo é um flash! Se é que vocês me entendem, leitores.

A exemplo de minha não tão humilde pessoa... Assim que criei um blog comecei a ganhar o rótulo de pseudo-intelectual/alterna/socialista/feminista/etc. As pessoas que costumam frequentar o Goma, logo são associadas à tribo emo, aos homossexuais, aos alternativos e aos drogados. Sabe de onde vem a fama? Na maior parte das vezes, das pessoas que nunca foram lá. A imaginação cria realidades tão extremas que chega a assustar. Não estou dizendo que toda fama é mentirosa, mas o fato é que ela exagera bastante o que é de fato verdadeiro.

Portanto, acho válido comentar que não devemos ser levados a crer em tudo que é dito. Não é porque a massa acredita em algo que necessariamente será verdade. É preciso abstrair, refletir, pesquisar e aí sim formar uma opinião consistente. Ah, outra coisa que eu queria comentar era que vivemos em uma cidade moralista, materialista e machista. Se você fizer algo que contradiga esses três paradigmas que formam o tripé de sustentação da moral uberlandense, você está socialmente fudido. Será julgado, será xingado, será atacado, será destruído! A não ser que você escolha conviver com pessoas que fujam a essa patética regra e ligue o foda-se.

Eu, Isadora, sou a favor do respeito. Por mais que seja difícil manter a língua na boca (no sentido de falar mal de graça), é necessário que nos coloquemos no lugar de quem falamos mal, que controlemos o nosso forte instinto de julgar. Não somos melhores ou piores que ninguém! Todos somos únicos, diferentes e falíveis. Com mais respeito e aceitação, todos viveriam infinitamente melhor.

Um beijo, fui.