segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A superação de uma fobia


Em meio a mais uma madrugada de estudos, um surpreendente encontro: A barata e eu. Aos que não tiveram conhecimento dessa perturbadora relação, um breve resumo: Este inseto do tamanho do meu pulso apareceu no sábado passado (19/11) no meu banheiro, provocando verdadeiro pavor em minha tão afeminada pessoa. Desesperada pela falta de alguém com colhões suficientes para perseguir tão maldito peste, subi na cadeira mais próxima e chorei, enquanto minha irmã assistia à cena dando sádicas gargalhadas. Sim, a situação chegou a esse nível patético. Após muitos xingamentos de minha parte, ela finalmente assumiu o posto de caçadora. No entanto, já era tarde: A infame criatura adentrou-se em meu armário, misturando-se nos meus inúmeros calçados. Desde então, nunca mais encontrei a barata gigantesca, apesar de ter feito uma verdadeira limpa no meu armário. Até hoje. Até agora. Realizando uma breve pausa em meus estudos, resolvi ir à cozinha colocar comida para o Fluke, meu cachorrinho amado. Quando, inesperadamente, quem se encontrava misturada na ração? Sim, a maldita. Imaginem o susto, a surpresa e, contraditoriamente, a satisfação que me acometeu. Como já está tarde da noite, não pude gritar nem espernear, portanto agi com racionalidade e fui procurar algo que servisse de veneno. Mas com a ansiedade e o temor de perdê-la de vista, mais uma vez. Fui rápida e o destino conspirou ao meu favor: Havia um veneno eficaz contra baratas ao meu alcance! A imbecil criatura sequer havia mudado de lugar, o ataque era oportuno e as minhas chances de matá-la eram enormes. Aliás, a possibilidade de ela fugir mais uma vez era nula. Foi então que, com bravura inquestionável, dirigi-me a ela e consegui afogá-la numa verdadeira poça de veneno. Antes que ela pudesse escapar, peguei uma vassoura e espanquei ela, tal como a implacável cena tarantinesca do Jew Bear, em Bastardos Inglórios. Enfim, chegou ao fim a rivalidade entre a ex-fresca e a Dona baratona. A vitória é minha. Que venham os próximos. Ou não.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A burrice masculina na conquista



Talvez possa parecer extremamente generalizador afirmar isso, por isso eu posso perder credibilidade ao fazê-lo, mas os homens são verdadeiros acéfalos no que concerne à conquista das mulheres. Caso estas sejam dotadas de amor próprio, é claro, pois as que não se valorizam o suficiente para impor respeito frente aos demais, apaixonam-se por aqueles que, explícita ou implicitamente as maltratam, como que num círculo vicioso de masoquismo emocional. A meu ver, a questão do amor próprio é relativa: Há momentos nas nossas vidas em que nos sentimos a última bolacha do pacote, enquanto em outros inserimo-nos numa crise existencial de auto-piedade triste. E é justamente nestes momentos que ficamos suscetíveis a nos apaixonar por babacas. A carência somada ao déficit de auto estima constituem o pior inimigo dos seres humanos, sobremaneira das mulheres.

No entanto, o que quero discorrer aqui é sobre a tamanha burrice masculina na arte da conquista de mulheres "bem resolvidas". Digo burrice, pois há uma simplicidade tão avassaladora em conquistá-las com dignidade que soa patética a não percepção dos homens disso. Para obter sucesso com uma mulher, seja no processo de conquista ou reconquista, basta que faça ela se sentir única, exclusiva, especial, indispensável e todos esses clichês e deixe de lado seu orgulho de macho. No entanto, isso deve ser sincero, caso contrário você não passará de um charlatão barato que conseguirá a atenção amorosa dela por tempo limitado. Obviamente, se ela racionalizar tudo e não se entregar de corpo e alma na relação, pois, uma vez apaixonada, fudeu tudo. A paixão nos imbeciliza de uma forma tal que somos alvos fáceis de pessoas mal intencionadas e aproveitadoras.

Mas o que quero reiterar é o seguinte: O grande problema está no orgulho de macho. Muitas vezes, a fim de mantê-lo intacto, os homens deixam as mulheres que amam/são apaixonados/se interessam partirem sem lutar por elas verdadeiramente. Desistem delas, ironicamente, pela falta de culhões. O orgulho de macho nada mais é do que a importância do julgamento da sociedade predominantemente machista. Com a finalidade de obterem a aprovação dos demais, abrem mão da mulher que se afeiçoam. Talvez por se tratarem de mulheres complicadas e de difícil temperamento, sentem-se na obrigação de não se subjugarem a elas. Ou pelo fato de serem má afamadas. Nota-se aí forte influência da mentalidade machista no comportamento dos homens... Aderindo a tal mentalidade, sabotam-se. Im-be-cis.

Portanto, como se já não bastasse à falta de tato na conquista, são igualmente imbecis na arte da reconquista. Não são todos, mas a grande maioria. Existem as exceções, óbvio, mas a regra é essa. Quantas mulheres terão que deixar passar até que aprendam isso?!