sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pseudo-intelectual.


"Como professor universitário, tenho um vício profissional. Quando estou corrigindo trabalhos de meus alunos e vejo que alguns deles estão tentando enrolar, criando situações e argumentos inverossímeis, escrevo na margem do texto: “a falsa cultura e é pior que a falta de cultura”. Essa minha afirmação, no entanto, não é restrita ao âmbito das relações ensino-aprendizado. Na vida real ela também se aplica. Por toda parte há intelectuais que nada mais são que atores de uma comedia, pois de intelectuais essas figuras grotescas nada têm.
Recebi na semana passado um e-mail de um amigo com um título que me chamou a atenção; “Como tornar-se um intelectual em poucas lições”. O texto possui algumas dicas para quem não quiser fazer feio em uma reunião de pseudo-intelectuais e recomenda:

1. Comece todas as frases com uma citação de um filósofo, de preferência com um nome alemão, o mais obscuro possível.
2. Se não souber o nome de nenhum filósofo alemão obscuro, procure saber o nome de qualquer jogador de futebol da 3ª divisão austríaca, e lhe atribua uma frase da sua própria autoria. O seu interlocutor não se dará ao trabalho de confirmar.
3. Ouça alguns fragmentos de música clássica, o suficiente para criticar qualquer uma delas, com qualquer pessoa que encontre à sua frente.
4. Leia a orelha e a contracapa dos livros que encontrar na livraria mais próxima, e critique-os junto dos amigos, com cara de quem leu os livros na íntegra.
5. Vá ao dicionário (ou à enciclopédia) e procure as dez palavras com maior número de sílabas que conseguir encontrar. Empregue-as avidamente.
6. Se não quiser ter o trabalho de memorizar as dez palavras, utilize o máximo possível de estrangeirismos. Para este efeito dê preferência a alocuções latinas, francesas e inglesas, pela ordem.
7. Utilize o máximo possível de palavras terminadas em “ismo”, tais como “interpretatismo”, “conceitualismo”, temperismo” e outras, mesmo que não signifiquem coisa nenhuma.
8. Veja filmes antigos e os utilize para comentá-los com expressões tais como: “é o metapsiquismo do transexistencialismo crônico, na observância das condições ‘sine qua non’ para a hermenêutica da propedêutica”.
9. Fale pouco em muitas palavras. Não diga, por exemplo, “Vou beber água”. Fica muito melhor a um pseudo-intelectual dizer “Vou repor o balanço hídrico”. Ainda melhor, poderá dizer: “Vou fazer como a Frieda, o personagem do livro ‘As Virgens do Lago’, de Von Klinkerhoffen, na cena em que ela fala com se dirige ao seu tutor filosófico” – ninguém sabe quem é o Von Klinkerhoffen. Imagine o quanto você brilhar ao dizer que esta verborréia toda significa que vai beber água.
10. Comente as notícias dos telejornais dos canais estrangeiros, da TV a cabo. Qualquer que seja a besteira que você diga ninguém vai notar, pois seus amigos (como você) nunca assistem a esses noticiários.
11. Fale de tudo sem dizer coisa nenhuma, com o ar de quem é o maior perito do mundo no assunto sobre o qual falou.
12. Regra de ouro: Critique, critique, critique... Lembre-se de um ditado muito utilizado entre os músicos: Quem aprende música e sabe tocar, vai ser músico. Quem não sabe, vai ser crítico.
13. Bajule – bajule muito – os ouros pseudo-intelectuais.
14. Fuja – fuja correndo – de perto dos intelectuais verdadeiros. Eles, somente eles, podem descobrir que você é apenas um bocó metido a besta. "


Outras definições para os pseudo-intelectuais:


" Lêem os clássicos da literatura universal, conhecem filosofia, sociologia, política e economia com profundidade e só fazem programas 'cult'. Pior que isso, são aqueles que fazem tudo isso e não vivenciam de nenhum forma o conhecimento adquirido."


"Criaturas arrogantes, prepotentes e mesquinhas que pensam saber tudo sobre tudo? Que lê (ou pelo menos o diz) apenas a introdução de 'O Príncipe' e já quer criar toda uma teoria sobre a obra, simplesmente passando por cima de explicações mais que aceitas de estudiosos renomados só para se dizer um cult incompreendido; que assiste o filme 'Laranja Mecânica', não entende nada e apenas repete os comentários feito pelo ambulante que lhe vendeu a cópia pirata do filme; veste-se como se estivesse indo para uma reunião com o presidente dos EUA, passa horas na frente do espelho tapando as espinhas e ainda diz que não liga para essas 'futilidades', que o importante é o intelecto; critica tudo que for contra sua opinião, como se essa fosse a verdade única e inquestionável; faz discursos revoltadinhos sobre a cotação da batata e a miséria do Butão só para se mostrar 'contra o sistema' "

Encontrei esse texto na Internet e adorei, pois "pseudo-intelectual" é um conceito muitas vezes ultilizado em discussões ou diálogos, mas poucas vezes é realmente conhecido. Certa vez, fui chamada de tal "apelido", por razões que já posso imaginar, mas que ainda assim me deixam pensativa e curiosa. Enfim, as pessoas que visitam o meu blog/orkut/twitter, certamente perceberam que eu escrevo formalmente, uma vez que é uma preferência, pois não consigo escrever errado, acho desrespeitoso com quem lê. Desse modo, para alguns, acredito que isso é um indício pseudo-intelectual. Como defesa, respondo: escrever de acordo com a norma padrão, não é pseudo-intelectual, é apenas uma convenção adotada pelas pessoas que gostam de escrever, tal como eu. Ao contrário do que alguns podem pensar, não é uma forma de me elevar, mas sim de respeitar os leitores e a mim.

Outro possível indício pseudo-intelectual que eu possa ter, para os adoradores de estereótipos, pode ser a minha paixão por cinema, uma vez que eu exponho isso com o maior orgulho aqui e nos meus outros canais cibernéticos. Logicamente, não sou nenhuma crítica de cinema, aliás, passo muito longe disso. Sou cinéfila, cineholic, ou o que preferir, e como tal, gosto de demonstrar o meu amor pela sétima arte. Que mal há nisso? É doloroso para alguém ver que existem pessoas que curtem falar sobre o assunto? Eu fico arrogante quando cito o tema ou quando homenageio com álbuns no orkut? Existem tantas besteiras acontecendo no mundo, tantos vícios mortais, tantas sacanagens, e isso recebe alguma importância.

Não é porque eu amo cinema, que eu vou desprezar quem ama, sei lá, festejar em boites. Cada um é cada um, e essa é a beleza da diversidade. Contudo, a aceitação do que foge à regra nem sempre ocorre, e ele recebe estereótipos constantemente. A meu ver, não sou melhor que ninguém, não gosto de ficar falando sobre livros e cinema para autopromoção, não sou arrogante, sou diferente sim, tenho as minhas preferências e tudo mais, mas em nenhum momento eu uso isso para degradar os que pensam contrariamente a mim. Não leio clássicos da Filosofia, não uso citações de intelectuais contemporâneos ou clássicos, não escuto Chico Buarque e Caetano Veloso para ficar comentando sobre a MPB (aliás, nem escuto eles!), não frequento lugares ditos "cult", não uso palavras difíceis com o intuito de me gabar ou algo do gênero (aliás, nem uso palavras difíceis no meu cotidiano!).

Em suma, não sou pseudo-intelectual, mas sim, gosto de apreciar o que me faz bem e tornar isso explícito, pois como o Cazuza mesmo diz: "Só quem se mostra se encontra, mesmo que se perca no caminho". Sou isso, explícita, defendo meus pensamentos, escuto os de outras pessoas, escrevo por paixão (não por autopromoção) e falo o que penso até o fim. Sou contra qualquer tipo de romantização da realidade, "puxação de saco" dos outros, ou qualquer coisa que seja artificial demais. Se isso incomoda, PACIÊNCIA!

Como os meus sábios avós dizem e eu concluo: É melhor ter voz e ser criticado, do que ficar quieto sem ser notado.


Um beijo e um abraço para todos. Fui-me, pois tenho filme com minhas amadas mãe e irmã, que são as pessoas mais inteligentes que eu conheço.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O mal do século XXI ?


Bom, já faz um bom tempo desde que eu postei aqui pela última vez, então acho necessário atualizar esse blog com algum texto interessante ou algo do gênero, visto que o último post foi um tanto imbecil. Hoje não quero fazer homenagens nem colagens, enfim, desejo escrever alguns pensamentos que rodeiam minha insone mente no momento (são 03h35min da madrugada e eu estou acordadíssima). Ultimamente, adquiri mais uma forma de expressão cibernética, a qual está fazendo o maior sucesso entre pessoas das mais variadas idades e tribos, o Twitter.
É incrível como ele tem um efeito semelhante em todo mundo, uma vez que não conheço ninguém que não esteja "viciado" e não atualize o seu perfil diariamente. Para os ignorantes no assunto, atualizar o perfil consiste em postar comentários que tenham no máximo 140 caracteres, e podem ser a respeito de qualquer assunto, ou seja, a temática é livre. Desse modo, cada um tem a liberdade de escrever o que quiser desde que esteja com os impostos 140 caracteres.
De fato, essa imposição é o segredo do sucesso do site de relacionamentos (não deixa de ser, apesar de ser uma espécie de blog), visto que assim as mensagens ficam mais objetivas e dinâmicas, a meu ver, e então mais divertidas. Outro atrativo do Twitter é o fato de que o usuário pode personalizar sua página pessoal de acordo com suas preferências e afins. Ademais, as informações postadas pelo usuário serão visualizadas pelos seus seguidores (followers), que são informados sempre que o mesmo atualiza seu perfil com alguma mensagem, e pelos que acessarem a sua página.
Entre os usuários, podem ser encontradas "celebridades" estrangeiras como Demi Moore, Ashton Kutcher, Nicole Richie, Lindsay Lohan, Elizabeth Taylor, Britney Spears, Miley Cyrus, Lance Armstrong, Al Gore, Arnold Schwarzenegger, Snoop Dogg, Michael Phelps, Rachel Bilson, Yoko Ono, entre outros tantos.
Os artistas brasileiros também não resistem e podem ser encontrados no site, como é o caso de Bruno Gagliasso, Gilberto Gil, José Serra, Paulo Coelho, Maria Rita, Sabrina Sato, Ceará, Vesgo, Marcos Mion e mais um monte! Assim, os fãs seguem seus perfis e mantém-se atualizados sobre a vida de seus "ídolos". Em minha opinião, o Twitter é viciante, pois as pessoas sentem uma enorme necessidade de serem escutadas, afinal, ninguém lê o perfil dos outros com a mesma atenção com que escreve no seu próprio perfil. É um monólogo de pessoas carentes e desocupadas! E eu me incluo nessa galera, feliz ou infelizmente, mas assumo isso de cara limpa. Não sou como algumas pessoas hipócritas que fazem parte do microblogg. Contudo, não me considero carente, não no sentido literal da palavra. Criei o meu perfil, porque eu sinto um prazer imenso em escrever e defender meus pontos de vista, além do fato de gostar de expor isso, algo que pode ser percebido nesse blog, por exemplo. Se isso é carência, não sei, mas me faz bem.

Outro comentário que eu queria fazer é esse: a exposição é arriscada, pois uma vez que algo é dito, jamais poderá ser apagado (no site pode, hein hahaha).
Mas o que eu quero dizer, é que algumas pessoas são demasiadamente sem noção quando se trata de postar observações a respeito de si mesmas, expondo detalhes sórdidos e íntimos que não precisam ser expostos. Além dessas pessoas, existem os metidos a superiores, aqueles que ficam postando mensagens rancorosas e típicas de pessoas mal-comidas, em que mil e um assuntos são colocados como imbecis e típicos de pessoas imaturas, sem nenhuma análise crítica ou conhecimento do assunto (na maior parte das vezes, quem sofre é a indústria pop). Eu, particularmente, não sigo nenhum ser desse gênero.
Meus caros, a esses seres eu tenho um nome: pseudo-intelectuais. Ai, como eles conseguem me tirar do sério. Ficam com aquela pose de conhecedores de tudo e de todos, e na verdade mal sabem lavar as próprias roupas íntimas, se é que lavam!
Enfim, acho que já escrevi demais por hoje. Amanhã vou fazer um esforço para atualizar isso aqui. Aos que ficam, um beijo e um abraço.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

A primeira pedra


"Atire a primeira pedra
Quem não sofreu, quem não morreu por amor
Todo corpo que tem um deserto
Tem um olho de água por perto

Para ouvir basta abrir os poros
Para aceitar basta oferecer
Para que adiar um desejo
De alguém que lhe quer tanto beijo

Quem de vocês
Resiste a uma tentação
Quem pretende revogar a lei do coração

Quem ousaria
Dessas vozes duvidar
Deixa a sua natureza se manifestar."


Composição: Carlinhos Brown, Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Grito de liberdade


Boa noite, caros leitores,

Ultimamente ando sem inspiração para escrever aqui, como podem perceber, mas estou vivendo uma ótima etapa da minha vida. Em paz e harmonia com as pessoas que mais amo, sem muitas responsabilidades, sem problemas cotidianos que me tirem do sério e com meus filmes e músicas atualizadíssimos. Acredito que culturalmente estou na minha fase mais rica! Estou com tempo livre e isso me deixa frenética! Posso sair quando eu quiser, dormir até quando eu quiser, tudo está ao meu controle. Sinto-me onipotente, apesar de ter apenas 17 anos e viver sob as dependências da minha mãe.
Nunca estive tão conectada comigo mesma. Isso pode parecer imbecil, mas é ótimo. Mas enfim, gostaria de fazer um breve comentário: Uberlândia precisa de novidades! Não a cidade, que cresce cada vez mais, mas as pessoas. Sair de casa e ver uma população uniformizada é decepcionante. Vale ressaltar que estou comentando do meu grupo social, da "classe média". Isso é tão repugnante, como se as pessoas valessem o que elas podem comprar, mas é a realidade.
Em um mundo materialista sujeito ao imperialismo norte-americano que dita as modas, os costumes e tudo que é "cool" para os adolescentes. Falo isso da forma mais hipócrita possível, uma vez que eu mesma sou influenciada. Mas isso é algo que eu combato todo dia, pois acredito que o nosso país é mil vezes melhor que os EUA, por várias razões, as quais eu não quero aprofundar. Além disso, acredito nos meus gostos e na minha personalidade, prego a diversidade, não gosto de ver cópias na rua, pois esse é o maior sinal de que a burrice impera. Fora isso, tenho um lema: religião, política e questão racial não se discute, sempre dá em pizza! A não ser que as pessoas que estejam discutindo estejam aptas a escutar, algo muito pouco provável, até porque as pessoas preferem falar a ouvir.

Outro comentário, que provavelmente irá gerar a maior raiva em quem ler, já que tudo que eu escrevo gera incômodo: deixemos os lenços e cachecóis de lado, garotas! Vivemos em um país tropical, quente pra dedéu, e essa modinha não se adapta aqui, apesar de bombar no Gossip Girl e afins. NY não é = UDI. Abram o armário de vocês e deixem a criatividade brotar. A não ser que esteja frio, pois aí sim faz todo o sentido usar tais adereços.
Sabe algo que me deixa rindo à toa? Ver uma pessoa esquisita na rua, que esteja completamente confortável consigo mesma, usando algo que tenha uma mensagem, sabe? Ao contrário de ver uma patricinha de Beverly Hills em Uberlândia, tão esnobe e tão vazia (criativamente falando, é claro, não nos deixemos levar por estereótipos), que veste roupas caríssimas para impressionar as outras patricinhas. Porque essa é uma dura verdade, as mulheres vestem-se para as amigas, não para os namorados e pretendentes. Mas não precisa ser patricinha não, pode ser uma EMO também, ou qualquer tribo que seja. Quantas e quantas emos eu já vi na rua, antipáticas que só, usando roupas praticamente idênticas às de suas companhias, achando que estão abalando! E ao contrário do que a cultura emocore prega, usam do estilo para aparecer e não para representar alguma ideologia. Claro, existem exceções, mas o que eu enxergo aqui é isso.

Aqui em Uberlândia, por exemplo, as modinhas variam: já foi legal ser patty, hoje é legal ser emo. Já notaram isso? Ainda mais com os bares alternativos bombando!
Em suma, minha mensagem é que sejamos originais! O plágio é deplorável e digno de dar pena. Mas existem tantas pessoas bacanas nessa cidade, apesar dos pesares. Tenho essa tendência de apresentar minhas opiniões sobre os extremos, mas reconheço as exceções e admiro-as demais!

Esse tom ríspido em meus posts soa um pouco "rebelde sem causa", mas eu tenho um ponto. Um beijo e um abraço para os que ficam!












sexta-feira, 10 de julho de 2009

Gosto é que nem...


Acredito que a continuação do título é bem óbvia, por isso não fiz questão de colocar. Enfim, esse tema tem deixado minha mente pensativa ultimamente, procurando respostas e explicações a respeito da validade desse ditado popular, ou melhor, dessa lenda urbana que se transformou em um clichê nos dias atuais. Será que cada um tem um gosto tão autêntico quanto sua bunda? Será que o gosto é algo extremamente pessoal/íntimo, uma vez que cada um tem o seu, como prega o ditado? Ou será que o gosto foi padronizado, de modo que surgissem as denominadas "tribos", "panelinhas" e afins?

Bom, a meu ver, a última explicação é verossímil. Após refletir sobre o assunto, conclui que muitas pessoas não são autênticas como aparentam. Por mais que a singularidade seja algo extremamente atrativo, a grande maioria das pessoas prefere aliar-se a um grupo com que tenha alguma afinidade, ao invés de assumir sua faceta diante do mundo. Isso acontece pelo simples fato de ser mais fácil, mais "adaptativo", menos complicado. Falando assim parece óbvio, mas não é. A grande verdade é que todos, alguns mais e outros menos, querem ser aceitos.


Desse modo, a regra é a padronização de acordo com a afinidade de cada um. Assim, nascem os "emos", as "pattys", os "alternativos", as "groupies", os "punks", os "cowboys/agro boys", etc. Não obstante, a convivência entre os diversos grupos pode levar a atritos, uma vez que a intolerância é uma característica típica dos seres humanos. O que é diferente do padrão, do que é considerado certo para cada um, provoca repulsa, desprezo e falta de interesse, na maior parte das vezes. A diversidade geralmente é tratada como um problema, não como uma riqueza. Isso, meus caros, é um problema tão antigo e tão imbecil, que deveria ter desaparecido há tempos. Justamente por estar tão enraizado na sociedade, é tão difícil de ser superado. Mas difícil não significa impossível, graças a Deus!


Enfim, falo isso por experiência própria. Em muitas ocasiões fui considerada avessa à regra, diferente, e por isso sofri com a má aceitação em alguns grupos de pessoas. Não estou falando de bullying ou algo do gênero, mas de uma coisa mais branda, porém dolorosa. Desde cedo, minha personalidade provocou esse efeito. Hoje em dia isso não me incomoda mais, apesar de ainda acontecer. Não estou bancando a vítima, até porque essa "má aceitação" foi recíproca em certos momentos, só estou querendo dizer que não é algo positivo e incentivador para ninguém!
Não falo só por mim, mas por várias pessoas que já foram oprimidas pelos grupos majoritários, que insistem em competir e provocar conflitos sempre que surge uma ovelha colorida no bando uniformizado de ovelhas brancas. É algo tão primitivo, tão natural do ser humano, que pode ser percebido em qualquer país, em qualquer grupo, de qualquer idade. Inclusive pessoas que pregam a diversidade, contradizem-se a todo o momento.


Isso é algo que me tira do sério, ainda mais quando acontece com alguém que eu amo. Comigo eu já não me importo tanto, uma vez que construí uma barreira protetora envolta de mim, que me tornou imune a sofrer com isso. Agora, quando eu vejo um grupo menosprezando alguém simplesmente por ser diferente, por agir de modo inesperado, aí eu fico incomodada. Incomodada porque é um grito de insegurança com pose de poder. É uma atitude medrosa mascarada de poderosa. Vocês, leitores, podem perceber que as pessoas mais intolerantes são as mais inseguras. E quanto mais inseguras, mais auto-afirmativas elas são. Aí fica a dica: se alguém gosta de ficar ressaltando suas qualidades, com aquela pose de arrogante, pode saber esse alguém se acha um bosta. E com toda razão!


Portanto, meus caros, vamos conviver melhor com a diferença, afinal, se todos fossem iguais a você que horrível viver!
Beijos e abraços, Isadora.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Rápido post.

Boa tarde, caros leitores. Demorei para postar em função de alguns compromissos e problemas, mas hoje estou com muita vontade de escrever aqui. Engraçado, fui olhar o número de visitas aqui no meu blog e elas triplicaram! O motivo é óbvio, mas não vou polemizar. O fato é que alguns rapazes interpretaram um post meu da maneira errada, acreditando que eu estava criticando eles ou algo do gênero, mas deu para rir bastante da situação depois. Somente gostaria de dizer que eu criei o blog não com o intuito de acariciar o ego das pessoas, muito menos pra depreciar ou ridicularizar, mas para escrever sobre tudo que me der na telha.
A interpretação de cada um acerca dos meus posts é aceita, mas que seja feita com um rigor lógico mais elevado. Em momento algum quis dizer o que estão achando por aí. Mas, se a carapuça serviu, não posso fazer nada, infelizmente.
Bom, hoje eu queria postar sobre filmes! A sétima arte me deixa cada vez mais fascinada, como vocês podem perceber. Tive a felicidade de alugar filmes fantásticos nessa semana e aprender muito com eles. Comentarei rapidamente sobre cada um:

Réquiem para um sonho: É um filme extremamente perturbador, chocante e dramático. É impossível assistir o filme e não se sentir mal no final. Eu sou uma manteiga derretida assumida, né, chorei feito um bebê desamparado. Recomendo! As atuações não deixaram a desejar nem um pouco, foram fascinantes! Jennifer Connely, Jared Leto e Ellen Burstyn mandaram muito bem! Em suma, retrata as piores facetas dos vícios e suas drásticas consequências. Darren Aronofsky é um promissor diretor.
A Espiã: Um excelente longa, produzido e falado em holandês, que retrata a história de uma cantora judia (Rachel Steinn) durante a Segunda Guerra Mundial. Enfim, após perder familiares e amigos durante bombardeios alemães, ela decide se infiltrar nas forças alemãs para ajudar a resistência holandesa na guerra. Ela muda seu nome, seu visual, seu estilo, para seduzir um alto comandante do exército alemão. É emocionante do começo ao fim! Recomendo!
Mais tarde comento sobre mais filmes, preciso ir. Um beijo e um abraço para os que ficam.

sábado, 4 de julho de 2009

"Mulher é bicho esquisito todo mês sangra.Um sexto sentido maior que a razão..."


Hoje o meu post é uma homenagem realista a nós, mulheres! Houve um debate acerca do feminismo na sala, durante a aula de Sociologia, e fiquei inspirada a filosofar a respeito do universo feminino. Enfim, um movimento que surgiu como reflexo de séculos e séculos de opressão e dominância masculina no seio das sociedades. Um movimento inspirador e revolucionário, que eu admiro muito. Quem lê esse blog já deve ter notado que eu sou uma revolucionária frustrada! Mas então, continuando...
Eu acredito que as mulheres são extremamente complexas, tal como os homens, mas com uma complexidade ainda mais curiosa. Somos nós, como a grande Rita Lee diz um bicho esquisito que sangra todo mês. Agradeço por ter nascido mulher, por ser biologicamente preparada para gerar vidas dentro de mim. Meu grande sonho é ser mãe! Ao contrário de muitas raparigas da minha idade, que sonham em se casar com um príncipe encantado. Casamento, nesse sentido, é utopia! Prefiro ter sonhos realistas, sonhos que podem ser alcançados, tal como a igualdade entre os sexos! Eu acredito que um dia isso irá acontecer. Veja bem hoje, como as coisas já mudaram.
Infelizmente, as mulheres contemporâneas são mais machistas do que pensam. Por isso eu digo: "Eu tento ser feminista", não "eu sou feminista". Até porque isso seria uma ofensa às mulheres que lutaram tão arduamente por essa filosofia no passado.
Hoje, as mulheres educam seus filhos para serem machistas, ensinam suas filhas a serem machistas, entre outros, sem nem perceberem. Por mais que atualmente tenhamos conseguido notabilidade social, o machismo ainda se faz muito presente no cotidiano. Seja no trabalho, seja em casa, seja na escola, seja nas boates! Existem expectativas sustentando isso.
Em função disso, tento me comportar como acho certo. Sustento meus valores acima de tudo, defendo-os até a morte, e jamais vou ser uma mulher capacho! Talvez por isso alguns caras tenham medo de mim hahaha.
Sinceramente, acho que sozinha não vou conseguir mudar nada. Por isso fica o convite: mulheres, vocês querem mudar a sociedade em que vivemos? Querem acabar com os resquícios do machismo que ainda existem? Querem acabar com os preconceitos, como "lugar de mulher é na cozinha!"? Então, minhas caras, comecem mudando vocês mesmas.

Como diria Pablo Picasso: “Para mim só há duas espécies de mulheres: as deusas e os capachos.”
Homens inteligentes defendem pensamentos como esse. Os mais ignorantes e provincianos preferem mulheres submissas, sem voz, sem personalidade. Não sei se tenho mais pena dos homens que pensam assim ou das mulheres que se sujeitam a eles.
Enfim, beijos e abraços para quem fica.