quarta-feira, 14 de julho de 2010

Adaptando-me à tal da modernidade


A Internet tem um poder acalentador muito forte, justamente pelo fato de ela nos distrair da solidão. Ademais, fico pensando no quanto ela contribuiu para o fortalecimento dos laços intersociais nos dias atuais. Existe uma massa predominante debatendo que ela foi um fator que auxiliou bastante no isolamento das pessoas, uma vez que elas passam a conviver menos com os outros semelhantes e mais com a máquina cibernética. E eu discordo veementemente!

Sim, ela contribui para o isolamento dos indivíduos, mas deve ficar bem claro que esse isolamento é extremamente relativo, visto que a pessoa pode estar em frente ao computador mantendo contato indireto com outra(s) pessoa(s). Contudo, indireto ou não, não deixa de ser uma forma de se relacionar com outrem. Logo, o equilíbrio entre a vida virtual e a vida real é que qualifica o isolamento como sendo preocupante ou relativo.

O uso da Internet, assim como o uso de qualquer coisa, deve ser moderado para que seja saudável. E a moderação vai, obviamente, de cada pessoa. Cada qual com seu limite! É importante salientar que cada um deve se policiar no sentido de ficar atento a essa linha tênue que separa o saudável do preocupante.

Os xiitas cibernéticos sim podem ser citados como exemplos clássicos de vítimas do isolamento devido ao uso abusivo da Internet. Faço questão de reiterar: os excessos foram, são e sempre serão prejudiciais! Uma pessoa que prefere se relacionar com as demais SOMENTE pela Internet, claramente tem probleminhas de relacionamento que devem receber atenção de especialistas. Isso, meus caros leitores, é um fato.

Em suma, o importante a ser ressaltado é que os pais devem ficar atentos à exposição de seus filhos ao computador e também às inúmeras tecnologias que vêm sendo lançadas a todo segundo! Preocupo-me sinceramente quando vejo minhas primas de menos de 15 anos criando perfis em sites de relacionamentos, andando por aí com Iphones/Ifuckingwhatever’s e se orgulhando disso. Para mim, é o fim da picada.

É a partir desse apego exacerbado às mais modernas invenções que ascende o materialismo, que, cai entre nós, só auxilia o pessoal que está por trás, não nós, meros consumidores imbecilizados. Nossas crianças não podem se orgulhar e se sentir superiores porque têm acesso aos celulares que apresentem mais opções criativas de entretenimento. NÃO!

Talvez eu seja uma pessoa demasiadamente arcaica, mas eu sou contra o acesso precoce à tecnologia. Inclusive, a minha geração já trazia um pouco do que podemos observar hoje, isto é, crianças contendo celulares e acessando “Orkut’s” da vida, achando, cegamente, um máximo! Ei, alô, alô, marcianos: a infância tem a ver com a inocência, com a atração instantânea pelo que é simples, não pelo que é inacreditavelmente complicado.

Eu não sei vocês, colegas de geração, mas eu não vou deixar meus filhos terem uma infância materialista e precoce. Não mesmo! Portanto, defendo que vocês tomem consciência do quanto a infância foi banalizada nos dias atuais e tentem resguardar o que havia de belo nesse período, que é, por sua vez, a sua essência.


Isadora C.

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