domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fama X Anonimato


Olá, caros leitores e árduos críticos de p*** nenhuma,

Após muito tempo afastada daqui devido à falta de inspiração resolvi retornar hoje para escrever sobre algumas ambições sociais presentes em grande parte da população, e que, se forem levadas muito a sério, podem ter um final patético. Bom, o fato é que a Grande Mídia apresenta uma forte tendência a manipular seus expectadores, de um modo tão sutil e intenso que poucos são capazes de saírem ilesos do seu poder. Costumo defender o pensamento de que aqui no Brasil existem quatro poderes: Executivo, Judiciário, Legislativo e a Rede Globo.

A mídia, em todas suas facetas, atua com o claro objetivo de entrar nas nossas mentes. Aquela idéia de "Veja with lasers" pode ser aplicada aqui como um grande exemplo! No entanto, que fique claro, não são todos os setores assim, a exemplo do jornalismo engajado, ético e comprometido com a verdade. Enfim, vocês devem estar se perguntando: "Aonde essa garota quer chegar com toda essa introdução?", certo?

Em suma, desejo abordar sobre a idéia envolta de um conceito criado por quem? Pela mídia! A tal da fama, conhecem? A própria, capaz de deixar nós, meros seres mortais, morrendo de curiosidade. Caso contrário, o que seria de sites como EGO (http://www.ego.com.br/) e Just Jared (http://www.justjared.com/), que só existem para expor a vida de aclamados ou meramente inúteis artistas? Nadica de nada. Por que a demanda pela participação de programas como Big Brother Brasil é sempre enorme? Por quê? Bom, caros leitores, aqui está a minha resposta... Pela tão almejada fama.

As pessoas costumam apresentar uma necessidade tão grande de reconhecimento, de aceitação, que se dispõe a passar pelos mais humilhantes papelões. Todavia, não são só os reles normais que vivem esse dilema. Personalidades conhecidas, como a socialite acéfala Paris Hilton, chegam a aprofundar essa neurose de uma forma patética. Penso que a fama seja como um vício, uma vez lá famoso, você vai querer cada vez mais notoriedade, mais revistas estampando seu rosto, mais fã-clubes, mais, mais, mais! Ai, como é cansativo. Acredito que seja uma doença quase incurável: Egocentrismo exacerbado.

Obviamente, ser famoso não é só um inferno fútil. É possível conseguir inúmeras vantagens com a fama, mas não é por esse caminho que eu quero trilhar nesse texto. Nesse momento, quero trazer esses conceitos para minha realidade. Até onde as pessoas vão quando são famosas? E quando são anônimas?

Penso que os políticos lidam com isso a todo o momento. Por serem famosos, devem ser moralistas, além de deverem se portar como cidadãos exemplares, não poderem se envolver em escândalos sexuais, ou quaisquer tipos de escândalos. Mas será que isso acontece na realidade? NÃO. O sujo da mídia é que ela mostra só o que deve ser mostrado, o que ela quer que os expectadores acreditem que seja verdade. Aí entra a fama... Dependendo de como a mídia vende as personalidades (cantores, atores, políticos, socialites,...), elas são veneradas ou detestadas. Não existe meio termo. São os excessos que vendem revistas!

Entretanto, a fama não está restrita ao meio artístico. Nós, meros mortais sem fama aparente alguma, também estamos sujeitos a ser rotulados com estereótipos dados pelo meio social em que vivemos. Aqui em Uberlândia isso é facilmente perceptível. Qualquer vacilo é um flash! Se é que vocês me entendem, leitores.

A exemplo de minha não tão humilde pessoa... Assim que criei um blog comecei a ganhar o rótulo de pseudo-intelectual/alterna/socialista/feminista/etc. As pessoas que costumam frequentar o Goma, logo são associadas à tribo emo, aos homossexuais, aos alternativos e aos drogados. Sabe de onde vem a fama? Na maior parte das vezes, das pessoas que nunca foram lá. A imaginação cria realidades tão extremas que chega a assustar. Não estou dizendo que toda fama é mentirosa, mas o fato é que ela exagera bastante o que é de fato verdadeiro.

Portanto, acho válido comentar que não devemos ser levados a crer em tudo que é dito. Não é porque a massa acredita em algo que necessariamente será verdade. É preciso abstrair, refletir, pesquisar e aí sim formar uma opinião consistente. Ah, outra coisa que eu queria comentar era que vivemos em uma cidade moralista, materialista e machista. Se você fizer algo que contradiga esses três paradigmas que formam o tripé de sustentação da moral uberlandense, você está socialmente fudido. Será julgado, será xingado, será atacado, será destruído! A não ser que você escolha conviver com pessoas que fujam a essa patética regra e ligue o foda-se.

Eu, Isadora, sou a favor do respeito. Por mais que seja difícil manter a língua na boca (no sentido de falar mal de graça), é necessário que nos coloquemos no lugar de quem falamos mal, que controlemos o nosso forte instinto de julgar. Não somos melhores ou piores que ninguém! Todos somos únicos, diferentes e falíveis. Com mais respeito e aceitação, todos viveriam infinitamente melhor.

Um beijo, fui.

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