sábado, 20 de junho de 2009

Introdução ao ofício.

Este é meu primeiro post (?) e estou animadíssima, uma vez que sempre tive vontade de ter um blog só meu. O que acontecia era que faltava tempo, disponibilidade e ânimo. No entanto, eu sempre tive o hábito de escrever textos, frases, tirinhas, poemas, enfim, de expor em palavras o que se passa no meu perdido coração. O meu tempo livre se baseia em escrever, ler (apesar de gostar, não o faço com a frequência que queria), ouvir música, assistir a bons filmes, enfim, sou muito caseira. Para me agradar basta estar rodeada de familiares e amigos, com isso tudo reunido.
Mas, voltando ao ofício.... Escrever é minha paixão, é o momento em que me sinto livre, nua, sem que nenhum preceito moral venha a me julgar, sem que nenhuma opinião venha a me incomodar ou até entristecer. Quando escrevo sinto que o mundo parou, sinto que posso mudar a rota do meu destino, o que é óbvio mas reconfortante em momentos de dor e desilusão.
Em suma, vou dar uma breve introdução sobre quem sou eu. Beijos e abraços, para você que se interessou.
Tudo tem um começo, certo? Bom, o meu foi o seguinte... Um casal excêntrico se apaixonou, em meio a muita confusão, casaram-se. Brigavam feito cão e gato, mas eram completamente loucos um pelo outro. Havia toda uma diferença de estilos, gostos, idade, mas decidiram juntar seus trapos. Um ano depois, eis que sou formada. Aliás, somos formadas. Gêmeas dizigóticas/bivitelinas/diferentes, ou o que preferir, era mais uma gestação no ano de 1992. Os nomes escolhidos com certo rigor e justiça, visto que o pai escolheu o nome de uma e a mãe o da outra, cada um com suas preferências e peculiaridades. O meu nome, Isadora, foi uma homenagem à notória bailarina norte-americana e precursora do Ballet moderno Isadora Duncan. Tinha uma personalidade difícil e ao mesmo tempo libertária, não era adepta da mentalidade conservadora e do ballet clássico, até então cultuado. Era bem diferente das mulheres da época (século XIX). Infelizmente, morreu em um acidente de carro, enforcada pela sua echarpe. Enfim, são alguns pontos rápidos que eu falo sobre ela porque eu sinto que sua personalidade era muito parecida com a minha. Agora citarei as minhas origens: minha família descende de italianos e portugueses, tal como a maioria dos brasileiros que eu conheço. Tenho traços típicos dos primeiros: sou falante, alegre, geniosa, apaixonada por massas, etc. e tal. Dos segundos eu tenho a lerdeza hahahaha. Tá, preconceito idiota, mas foda-se. Meu tataravô italiano (Capucci) apaixonou-se por uma mineirinha e aí surgiu minha avó materna e seus irmãos. O resto é história. Agora, um pouco da função emotiva... Eu tenho 17 anos, sou como qualquer ser humano, já que tenho sentimentos, hábitos, amores, dores, preferências, preconceitos, objetivos, sonhos, mil e um defeitos, qualidades, amigos e afins. Minha base, meu núcleo, meu ar, meu porto seguro é minha família. Meus avós, molde de casal que se ama e que tem história pra contar. Amo ouvir os casos deles, pedir opiniões, afinal, eles são um poço de experiência e conhecimento. Tenho muito em comum com eles, como por exemplo, com meu avô: amo política, sou adepta de uma visão esquerdista, prezo a organização e a pontualidade, adoro debater sobre filosofia, sociologia, passado, presente e futuro, sou idealista, entre outros. Com minha avó, tenho em comum a aparência física e o romantismo, sobretudo. Gosto de compromisso, de fidelidade, de fofocar! Hahaha puxei muito ela nesse quesito. Mas oh, uma fofoca saudável, nada maldoso demais. Também tenho a personalidade parecida com a dela, a braveza e tudo mais, coisa que minha mãe também tem. Bom, voltando ao tema, yo! Sou chata e grossa quando tenho intimidade, gosto de ser surpreendida e surpreender, tenho o péssimo hábito de não cumprimentar, quando estou de TPM sai de baixo, fico impossível. Amo me doar, escutar e ajudar meus amigos. Valorizo muito a amizade, se eu tenho um amigo, trato-o como irmão. Sinto um enorme prazer em fazê-lo. Não tenho apego exacerbado às coisas materiais e ao dinheiro. Não vou ser hipócrita, é óbvio que quando eu acho dinheiro no bolso da calça fico felizinha, mas não ligo em emprestar 50 reais pra alguém, por exemplo. Não é que eu esbanjo dinheiro, muito pelo contrário. Sou muito econômica e gasto somente com coisas necessárias e imprescindíveis. Quase nunca faço compras, somente quando necessário. Gosto de abrir o armário e inventar produções com o que tenho. Maaaas, amo ser presenteada. Sou extremamente objetiva, sincera (até demais), cudocenta, pensante, insone, viciada em filmes. Quando eu digo viciada eu quero dizer viciada mesmo, do ponto de ter crise de abstinência se ficar sem assistir a pelo menos dois filmes, no mínimo, por semana. Outro vício meu é a música de boa qualidade, que me deixa nostálgica, envolvida emocionalmente, frenética, fazendo associações a histórias e pessoas, que derrube lágrimas e provoque sorrisos, que me faça dançar feito uma retardada, enfim, música boa. Cada pessoa que já passou ou que está na minha vida tem uma ou mais, depende do impacto que causou ou causa no meu cotidiano. Gosto muito de música clássica (Beethoven e Mozart, principalmente), Blues, Jazz, Rock antigo, Rock contemporâneo, enfim, Rock! Para dançar, que também é uma das minhas maiores paixões, apesar de eu não levar muito jeito, vai hip hop, funk e house. Modão, sertanejo, pagode, axé e afins não são nem um pouco atrativos para mim, creio que tem um público alvo que pouco tem a ver com minha personalidade, logo, desprezo. Respeito, é claro, mas não escuto e não gosto!
Há quem diga que eu sou cabeça fechada demais, mas acho que estou amadurecendo nesse ponto. Antes a minha palavra tinha que ser a última em qualquer situação, algo que hoje já mudou bastante. Acho que é mais importante escutar do que falar, apesar de ser uma falante assídua. E o mais interessante é que todos gostam de ser escutados, uns mais e outros menos, mas gostam. Infelizmente, a minha geração vive em uma época padronizada, uniformizada em todos os aspectos, apesar de as divergências serem melhor evidenciadas. Ainda assim existe o feio, o gordo, a mal vestida, a mal comida, o veadinho, e por aí vaí. A necessidade de depreciar o próximo ainda é algo presente no cotidiano dos mais infelizes, que insistem em dar estereótipos para cada santo ser existente. Não entendo - apesar de não me excluir desse grupo, sejamos realistas e não hipócritas! - o porquê de dizer coisas ruins a respeito do outro a custo de nada, porque chamar alguém de gordo não te deixa mais magro, do mesmo modo que chamar alguém de burro não te deixa mais inteligente, e por aí vai. Atualmente, eu tenho tentado me conter em relação a comentários maldosos, porque tenho uma natureza crítica, com humor negro e muito perfeccionismo. Tenho sim o hábito de julgar, afinal, quem não tem? Mas acho que já é hora da nossa juventude - e os adultos também - amadurecer, aceitar a convivência com a diversidade, se politizar, se envolver em causas nobres e tudo mais.
Vivemos a Era da Comodidade, da preguiça, da falta de engajamento social. Vejo isso cada vez mais nítido no ambiente em que vivo (uma cidade que cresce, cresce e cresce, e as pessoas continuam com a mentalidade provinciana). Isso chega a me dar desânimo em certos momentos. Sinto como se eu fosse de outra época, não me encaixo nos perfis desejados e considerados normais em muitos aspectos. Não estou afirmando que sou a excentricidade em pessoa, mas eu vivo esse dilema, por exemplo, por não me entregar à poligamia. Tenho vários amigos que adoram a pegação, e em nenhum momento os julgo, mas isso não me satisfaz, não me atrái, não me completa. Mas acho que a felicidade deve ser alcançada do modo que cada um considera válido. Se para ser feliz é necessário ser idiota, então vamos lá! Penso que tal sentimento é extremamente pessoal, por isso respeito as loucuras alheias.

Acho que já falei demais por hoje, né. Bom, aos que ficam uma frase que eu adoro, do grande playboy e poeta Cazuza:

"Só quem se mostra se encontra, mesmo que se perca pelo caminho."

:) =*

3 comentários:

  1. Cara, você é um dos maiores orgulhos da minha vida, não canso de falar isso. Você é o reflexo de maturidade e criatividade construída ao longo do tempo, te amo muito! Mandou muito bem!

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  2. Só tenho a agradecer, Sis. Te amo,você sabe o quanto.

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