Em meio a mais uma madrugada de estudos, um surpreendente encontro: A barata e eu. Aos que não tiveram conhecimento dessa perturbadora relação, um breve resumo: Este inseto do tamanho do meu pulso apareceu no sábado passado (19/11) no meu banheiro, provocando verdadeiro pavor em minha tão afeminada pessoa. Desesperada pela falta de alguém com colhões suficientes para perseguir tão maldito peste, subi na cadeira mais próxima e chorei, enquanto minha irmã assistia à cena dando sádicas gargalhadas. Sim, a situação chegou a esse nível patético. Após muitos xingamentos de minha parte, ela finalmente assumiu o posto de caçadora. No entanto, já era tarde: A infame criatura adentrou-se em meu armário, misturando-se nos meus inúmeros calçados. Desde então, nunca mais encontrei a barata gigantesca, apesar de ter feito uma verdadeira limpa no meu armário. Até hoje. Até agora. Realizando uma breve pausa em meus estudos, resolvi ir à cozinha colocar comida para o Fluke, meu cachorrinho amado. Quando, inesperadamente, quem se encontrava misturada na ração? Sim, a maldita. Imaginem o susto, a surpresa e, contraditoriamente, a satisfação que me acometeu. Como já está tarde da noite, não pude gritar nem espernear, portanto agi com racionalidade e fui procurar algo que servisse de veneno. Mas com a ansiedade e o temor de perdê-la de vista, mais uma vez. Fui rápida e o destino conspirou ao meu favor: Havia um veneno eficaz contra baratas ao meu alcance! A imbecil criatura sequer havia mudado de lugar, o ataque era oportuno e as minhas chances de matá-la eram enormes. Aliás, a possibilidade de ela fugir mais uma vez era nula. Foi então que, com bravura inquestionável, dirigi-me a ela e consegui afogá-la numa verdadeira poça de veneno. Antes que ela pudesse escapar, peguei uma vassoura e espanquei ela, tal como a implacável cena tarantinesca do Jew Bear, em Bastardos Inglórios. Enfim, chegou ao fim a rivalidade entre a ex-fresca e a Dona baratona. A vitória é minha. Que venham os próximos. Ou não.
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