quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lidando com as diferenças


Olá, queridos leitores e árduos críticos,


Venho por meio deste para escrever sobre um tema que é muito interessante, a meu ver, e está presente no cotidiano de todas as pessoas: trata-se do convívio com a diversidade. Cada indivíduo é único, apresentando características que o tornam quem ele é, obviamente. Alguns as deixam transparecer de modo mais explícito, enquanto outros optam por omiti-las. Não obstante, existem pessoas que se filiam a grupos/tribos por dois motivos: por compartilharem características em comum com os membros ou por desejarem isso, tendo, nesse último caso, um quadro mais grave, conhecido como ausência de personalidade (inventei esse conceito hehe).


Admiram o estilo de vida adotado por pessoas de certo grupo e se filiam a ele para tentar ser o que na verdade não são, mas almejam ser. Entende? Há um grupo enorme de pessoas que se importa com o que é bem visto socialmente (ou também mal visto), com a moda do momento (ou com a não-moda, a exemplo das "neo-contracultura"), passam a admirar e começam a agir de forma similar não por serem desse jeito, mas por desejarem ser. Tal evento é comum na adolescência, período marcado por mudanças e descobertas.


Contudo, é possível que se descubram como o que desejam ser. Por exemplo: eu começo a andar com um grupo de pessoas que gosta de ouvir música alternativa e frequenta um bar desse gênero. O que me levou a isso? Admiração. Mas o que me mantém a isso? Satisfação, pois consegui perceber que é essa a minha praia.


Viver em sociedade consiste em aceitar que as pessoas são diferentes. Pode parecer simples, banal, trivial ou até mesmo inútil ficar reiterando isso, mas é a mais pura verdade. Se todos soubéssemos lidar bem com a diferença, não haveriam tantas guerras, tantos moralismos, tanta babaquice. E a diferença não está somente no que é facilmente visível não (lugares frequentados, roupas, etc.), está nos modos de ver e encarar a vida, na forma de amar, no jeito de se comunicar... Está em tudo! Por causa da diversidade, existem debates, discussões e reflexões riquíssimas, que jamais seriam notadas se todos fôssemos iguais.


Em suma, acho válido defender que nós vivemos em uma sociedade tecnocrática, marcada pela velocidade da globalização, pela falta de tempo para o ócio, pelo culto aos bons salários. Assim, é possível notar mudanças nos dias atuais, como: as crianças "amadurecendo" rápido demais, portando celulares, msn's e afins, beijando, transando, quando deveriam estar brincando e curtindo uma das etapas mais deliciosas da vida: a infância. Chego a me assustar quando vejo minhas primas teclando no msn, falando no celular, com 8 anos!


Nos adolescentes a mudança mais visível é a vontade de virar adulto, acompanhado ao esforço de se parecer com um. É possível notar casais de namorados que mais se assemelham a "marido e mulher", jovens ingressando no mercado de trabalho cedo demais (não que eu seja totalmente contra) e o tal do conservadorismo. Os jovens que deveriam ser idealistas, politizados, unidos, liberais, são mais cafonas que os próprios pais! Isso me preocupa.


Existem coisas pontuadas nesse blog que são tão criticadas, tão censuradas, tão punidas socialmente e não por pessoas mais velhas (pois até os meus avós se interessam pelos meus textos), mas por jovens! Isso é inconcebível. Como diria o meu muso Ernesto Guevara: "Ser jovem e não ser idealista é uma contradição genética". A exemplo do meu mais polêmico comentário (essa cidade me surpreende negativamente em certos momentos):


"Sábado fui na Lounge, fiquei perto de pessoas inteligentes conversando sobre coisas engraçadas. Deparei-me com uma legião de playboys lá dentro, o que me deixou um pouco desconfortável. Não gosto de frequentar lugares superficiais, e, sábado, lá estava muito superficial! Fora isso, foi ótimo." Lembram-se? Pois bem, no dia seguinte muitos apareceram revoltados e me punindo por ter dito isso (nas minhas costas e na minha frente), interpretando de uma outra forma que não tinha nada a ver. Tenho certeza de que como escritora eu sou uma boa leitora, mas não tem polissemia no que disse. As pessoas tentam colocar malícia em tudo, infelizmente. Quem vê pensa que a leitura do meu blog é obrigatória, necessária para algum vestibular, imprescindível para a cultura brasileira dos leitores.


Penso que é a famosa carapuça que serviu, pois alguns frequentadores de lá (Lounge) logo se prontificaram de falar mal do meu blog no momento em que era possível. Sorte que, nesse aspecto, sou bem resolvida, não sofro por isso (acho até engraçado incomodar tanto). O incrível é que além de distorcer o que disse, começaram a se sentir ofendidos. Uma novela mexicana! Só para finalizar: não acho que lá seja superficial e cheio de playboys, estaria sendo hipócrita ao dizer isso, uma vez que fui lá três vezes. É uma ótima boite, para quem gosta. Como disse, um sábado fui lá e tinha playboys, PONTO. Entretanto, se a galera que vai lá se considera playboy, aí é rótulo que cabe a eles se dar ou não. Eu não gosto de julgar o que não conheço, colocando rótulos, portanto, essa é a primeira e última vez que toco nesse assunto.


No mais, gostaria que tivessem mais paciência com os erros e as opções de cada um, para que todos vivam melhor. Cada um é cada um! Um beijo, Isadora.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Brasil, mostre a sua cara!


Olá, caros leitores e críticos,

Venho hoje com o intuito de debater sobre um tema que me deixou pensativa e reflexiva hoje: a cultura brasileira. Enfim, desejo discutir a nossa identidade, o que faz de nós brasileiros, diferenciando-nos dos demais povos. Como é conhecido por todos, vivemos em um país miscigenado, marcado pela hibridização de diversas etnias e valores, que resultam em nós, povo brasileiro. Há quem enxergue essa mistura étnica de forma negativa, transferindo a culpa dos "fracassos" ou do "atraso" da nação a ela, do mesmo modo como existem pessoas que vêem na diversidade a riqueza de nosso país.

Historicamente, há aproximadamente quinhentos anos, os portugueses chegaram a nossas terras. A partir daí, com a invasão branca, somada à presença indígena e negra, deu-se início a formação do que pode ser observado atualmente. Surgiam caboclos, cafuzos, mulatos, mestiços, mais índios, mais negros e mais brancos. Com o encontro das diferentes etnias durante a formação do Brasil, nascia uma realidade cultural diversificada e atípica.

Vale salientar que nos séculos XIX e XX ocorreu a imigração de inúmeros europeus (com o pretexto de "branquear" o país - traço racista que pode ser observado até hoje), incluindo italianos, alemães, árabes e espanhóis, o que contribuiu intensamente para o processo "miscigenatório". Em suma, deve ser ressaltado que existem heranças de cada um desses povos, observadas na língua, culinária, religião, música, estética, valores sociais, etc.

Não obstante, apesar de fazer essa introdução histórica à formação do mosaico cultural observado no Brasil, vim escrever sobre um tema mais atual: os estereótipos dados aos brasileiros dentro e fora do país e da credibilidade existente ou ausente neles. Enfim, herdamos mais do que hábitos alimentares, rituais religiosos e afins de nossos "antepassados", como todos já sabem, como a aversão ao trabalho e o "espírito aventureiro" da cultura ibérica, por exemplo.

Há quem diga que os portugueses são naturalmente avessos às regras impostas pela sociedade, tendendo a transformar as relações impessoais em pessoais. Ademais, também costumam "hierarquizar" as relações, tornando as relações marcadas pela desigualdade. Seria essa a origem da famosa cordialidade política dos brasileiros, retratada por Sérgio Buarque de Holanda.

Somada a essa cordialidade, existe a preguiça dos índios, a alma festeira do negro, o espírito explosivo do italiano, entre outras características, que somadas formam a identidade brasileira. Em parte, podem ser consideradas estereótipos, mas, de fato, podem ser notadas em grande parte da população. Certo?

Portanto, o que é ser brasileiro? É jogar futebol bem? É sambar? É capoeira? É ter curvas, bunda e sangue quente? É ser corrupto? É deixar tudo o que pode ser feito hoje para amanhã? É ser receptivo com estrangeiros? É copiar e vangloriar os norte-americanos? É aceitar passivamente coisas absurdas? Não sei responder. O que acredito é que somos uma nação sem amor próprio, politicamente alienada e rica culturalmente.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Voltando às raízes


Olá, queridos leitores e árduos críticos,

Há tempos não escrevo nada aqui, pois estava atolada nos estudos, como muitos que conheço também estavam, mas finalmente toda essa temporada de esforço passou. As férias chegaram, o PAIES acabou e só consigo pensar em uma coisa: relaxar. A meu ver, não há nada mais relaxante do que escrever, assistir bons filmes e escutar música de qualidade. Pois bem, enquanto estiver por aqui, hei de atualizar este blog o máximo possível, com textos interessantes, espero.

O tema que pretendo abordar hoje é a família e a importância dela na vida dos jovens. Bom, muitos adolescentes costumam entrar em confronto com seus familiares, em função de apresentarem idéias antagônicas, sendo que, na maior parte das vezes, os pupilos apresentam um desejo de liberdade imenso, que tende a esfriar o relacionamento com os pais. Sentem-se presos às imposições e regras impostas pelos mais velhos, o que estimula o desejo pelo desconhecido (libertinagem, fuga às regras, fazer o "errado", moralmente incorreto).

Acredito, no entanto, que não são só esses os motivos que fazem com que a relação entre os pais e os filhos seja superficial, mas, mais pra frente, abordarei outros temas mais profundamente. Em suma, tenho uma teoria: o ser humano é como um pássaro: quanto mais enjaulado estiver, mais interessado estará pela liberdade apresentada fora da "gaiola". Portanto, pais do mundo inteiro, não façam com que os seus lares sejam semelhantes a uma gaiola (sufocante, cansativa e desanimadora). Sou a favor da comunicação em casa, que dê aos filhos confiança e força para enfrentar o mundo cruel que existe lá fora, não o contrário.

No meu caso, tenho uma mãe amável e dedicada, mas um pai ausente (entre outras coisas). Não estou aqui para expor a minha situação familiar, nem debater coisas íntimas, até porque acho ridículo, mas desejo tratar de um assunto sério. Tem uma frase do Oscar Wilde que me encanta, quando eu penso nessa situação que vivo: "No início, os filhos amam os pais. Depois de certo tempo, passam a julgá-los. Raramente ou quase nunca os perdoam."

Viver em sociedade exige de nós destreza para aprender a lidar com a diferença. Dentro de casa, isso também acontece, já que cada um tem características únicas, que podem levar a brigas e discussões. Não acredito em "família de propaganda de manteiga", que só sabe rir e amar. Isso é tão fictício quanto uma história de fadas e princesas. É normal brigar e detestar os familiares em certas ocasiões é totalmente aceitável. O que não pode acontecer é deixar que as brigas e os sentimentos negativos tomem um espaço predominante no lar.

Assim, devemos aceitar certas coisas que nossos pais desejam, por respeito, pelo fato de que eles nos amam, porque amar é ceder, e ceder é abrir mão do que queremos e achamos correto em algumas situações. Mas que fique bem claro: não é só porque eles são pais que eles sabem tudo. Muitíssimo pelo contrário! É preciso debater certas questões, defender o seu ponto de vista, quando está nítida a falta de maturidade dos pais em lidar com devidas questões. Aí está toda a beleza: o debate levando à compreensão.

Não obstante, sei que em muitos casos, os pais mais se assemelham a generais autoritários, que não querem ouvir nada, só sabem impor regras e mais regras. Nesses casos, o ideal é ter paciência, porque os gritos só servirão para piorar a situação. E, falo por experiência, esses tipos de pais são os que apresentam os filhos mais "imorais", se é que vocês me entendem. Não passam de adultos moralistas, hipócritas (porque, com toda certeza, aprontaram bastante, ou pelo menos quiseram aprontar), acostumados a reprimir seus desejos, por isso tentam reprimir os seus filhos. Posso estar sendo extremista, rude e desrespeitosa, mas é uma teoria. Bom, não deixa de ser uma hipótese, estando certa ou errada.

Em suma, desejo concluir que cada família tem uma moral. O mais importante, e que vale para todas as famílias, é que a casa deve ser um aconchego, não uma guerra. Conversem sobre sexo, drogas, dúvidas, opções, profissões, sem querer impor nada, que acredito que seus pais escutarão.

Um beijo e um abraço, Isadora C.

sábado, 5 de setembro de 2009

Mentira, a mãe da moralidade.


Olá, caros leitores,

Há tempos não escrevo nada aqui, como podem perceber, mas após assistir um filme inacreditavelmente bom, senti inspiração para abordar sobre um tema que sempre passa pela minha cabeça; uma idéia que sempre me deixou confusa, sem respostas e inquieta; uma palavra tão representativa quanto seu significado: a mentira. O brilhante longa-metragem relata a história de um idealista e enigmático britânico, por vezes visto e chamado de louco, que instaura, literalmente, o caos na "pacata" Inglaterra futurista. Vale ressaltar que ele retrata seus ideais com uma paixão jamais vista no cinema, que torna a história envolvente e polêmica. Bom, vocês não devem estar entendendo o por quê do último adjetivo, mas, assim que assistirem, entenderão do que estou falando.

Em suma, é necessário ser dito que aparecem claras referências ao regime fascista alemão e a grande parte de suas atrocidades (perseguição a homossexuais, religiosos, extremistas e afins, campos de concentração, entre outros), à perdida e insana figura conhecida como Adolf Hitler (chamado de Adam Sutler), ao íntimo e, no caso, superdimensionado desejo de vingança, que por vezes leva indivíduos como V. (o mascarado protagonista) a mover montanhas por um motivo íntimo que acaba por tornar-se universal, já que contagia a uma enorme quantia de pessoas e muda totalmente a história da nação britânica fictícia.

Uma frase, dita no mesmo, deixou-me encantada, pois tem um grande significado, visto que demonstra de forma sintetizada os ideais de um típico anarquista, que, a meu ver, defende pensamentos mensuráveis e nada utópicos. Infelizmente, pessoas como V., se é que ainda existem, não são facilmente compreendidas, uma vez que representam a minoria intelectual, ou seja, os poucos que conseguem refletir sobre as condições em que vivem, sobre as injustiças com as quais lidam a todo o momento, e com as consequências das atitudes governamentais de seu país, sem ficar calado, sem consentir com tudo. Enfim, são pessoas que não engolem facilmente o que lhes é transmitido. Bom, a tal frase é a seguinte: "O povo não deve temer seu estado. O estado deve temer seu povo."


Refletindo sobre todos os diálogos e críticas que aparecem no filme, essa frase, de fato, é a mais pobre. Os leitores que já tiveram o prazer de ver "V de Vingança" sabem do que estou falando, acredito, pois puderam ter contato com as mais inteligentes indagações feitas, na maior parte das vezes, pelo protagonista. No entanto, achei justo citá-la, pois, por mais pobre que seja (quando comparada com as demais), não deixa de ser mágica. A meu ver, é verdadeira e ambiciosa, como os ideais anarquistas, que são encarnados em uma figura interessantíssima, capaz de deixar os expectadores apaixonados pela sua fibra. Não deixa de ser um sociopata, é claro, mas, tal como a maioria dos loucos, apresenta um enigmatismo contagiante.


Contudo, apesar de escrever com prazer sobre o filme, temo em avisá-los que venho por meio deste escrever sobre outro tema, a mentira. Enfim, indago a vocês, críticos e leitores, sobre algo que sempre pensei e nunca consegui achar uma explicação plausível... Por que sentimos a necessidade de criar máscaras para enfrentar o mundo? Bom, alguns podem pensar que tal questionamento não faz o menor sentido, inclusive vão pensar "eu não uso máscaras, sou exatamente como eu quero e não há nada nem ninguém que mude isso!".


Pois bem, meus caros, confesso que já pensei assim. Sinceramente, acreditava que eu era movida pelas minhas crenças, pelos meus ideais, pela minha personalidade, e pouco importava o mundo e as outras pessoas. É uma grande ignorância, pois estamos a todo momento sendo influenciados por pessoas e fatos, o que faz com que mudemos a cada instante. Como diria Lavoisier, "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma", creio que somos assim. Temos nossa essência, temos personalidade, é óbvio, mas mascaramos isso de acordo com certas situações e pessoas, para que possamos sair beneficiados, ou menos prejudicados.


Quantas e quantas vezes você já não fez tipo para um "paquera", para que parecesse mais interessante? Quantas e quantas vezes você tentou transparecer confiança, quando na verdade estava inseguro até o último fio de cabelo? Quantas e quantas vezes você já não contou uma mentirinha em alguma história, para que esta ficasse mais interessante? Quantas e quantas vezes você fingiu concordar com certas coisas, só para não polemizar com certas pessoas? Quantas e quantas vezes, quantas e quantas vezes. É, confesso que já menti e minto a todo momento, e acredito que isso seja algo inato dos seres humanos, conhecidos pela sua racionalidade.


Não obstante, existem certas situações em que o uso das mentiras é desnecessário, aliás, é dispensável, como todos já sabem. Necessita-se de bom senso, caráter e juízo! Uma mentirinha aqui e outra ali, tudo bem, mas tudo tem seu limite. Mas o que quero dizer é a conclusão que tenho de tudo isso: sem a mentira, estaríamos perdidos. Pensem comigo, certamente viveríamos em um caos explícito, o que seria, a meu ver, o fim dos homo sapiens. A politicagem, os puxa-saquismos e afins representam a base da nossa "moralidade".


De fato, se disséssemos a verdade e só a verdade para todas as pessoas, não teríamos respeito nem sequer o carinho de ninguém. A civilização seria um bolo enorme, cujas receitas seriam basicamente o ódio e a irracionalidade. Voltaríamos aos tempos primatas, acredito. Seríamos macacos raivosos e sem papas nas línguas, pois toda ação tem uma reação, e imagine só o conjunto de reações caso a realidade fosse assim!


Portanto, o que gostaria de debater é, vale a pena viver na mentira? Será que isso vai durar muito tempo? Por que essa antítese é tão paradoxal, já que sendo imorais (ao mentir) somos morais? Bom, o meu medo é pela sociedade, aliás, pela animalidade, ao passo que assim nunca seremos livres. Ficamos tão presos, tão robotizados nesse sistema que programa o nosso caráter, sem que percebamos, que acabamos acreditando que somos livres, quando na verdade estamos fadados à prisão e insatisfação pessoal pelo resto de nossas vidas.


Em suma, para mim não existe nada melhor do que a verdade, ainda mais quando dita em momentos sinceros e/ou impulsivos. Adoro dizer o que penso, provocar as pessoas com minhas opiniões, defender os meus ídolos e as minhas paixões e pagar um preço por isso. É óbvio que eu pago, tal como os que se entregam ao que acreditam. Mas não é por isso que vou ceder. Posso parecer mais uma jovenzinha hipócrita, mas acredito honestamente no que prego.


No entanto, vamos ver se dura. Até então está ótimo, obrigada, mas é possível que acabe, que eu pague língua, pois a vida é imprevisível e efêmera, e são as mentiras as grandes imperadoras deste reino de imbecis. Ademais, gostaria de deixar uma mensagem a todos:


"Ainda que nossa integridade valesse pouco, era tudo o que tínhamos"


Um beijo e um abraço, Isadora.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Para tédio tem remédio?


Boa noite, ilustríssimos leitores,

É com muito tédio que escrevo hoje sobre o tédio, por isso, não se surpreendam se este for o pior post do blog, meus queridos admiradores e árduos críticos, pois apenas escrevo sobre isso, pois é o que cerca meus pensamentos no momento. Nada mais, nada menos, só tédio. Decepcionante, não? Bom, antes de qualquer coisa, eu gostaria de declarar que Google é meu pastor, como alguns íntimos já sabem, e nada me faltará! Por isso, tratei logo de pesquisar sobre esse sentimento humano tão irritante e constante na vida urbana de uma garota imatura como eu.

Define-se: O tédio é um sentimento humano, um estado de falta de estímulo, ou do presenciamento de uma ação ou estado repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc. As pessoas afetadas por tédio em caráter temAdicionar imagemporário consideram este estado muitas vezes como perdido, perda de tempo, mas geralmente, não mais do que isto. Alternativamente, alguns acham que ter tempo de sobra também causa tédio. Para as pessoas entediadas, o tempo parece passar mais lentamente do que quando elas estão entretidas. Tédio também pode ser um sintoma de depressão.

Ademais, gostaria de declarar para minha amada tia Aleida que não sou depressiva, apenas um pouco anti-social, e que amo ela muito. (ela mora fora e sempre me liga preocupada, achando que eu tenho depressão, porque eu não sou muito baladeira como os jovens "normais", por isso esse comentário avulso, gente). Enfim, voltando ao tema mais tedioso de todos os tempos, o maldito tédio! Em suma, a definição da Wikipédia está fantástica, porém incompleta, uma vez que o tédio é um estado, não um sentimento, que pode surgir por inúmeras razões, sendo a principal delas o mau uso da imaginação.

A meu ver, a ocupação da mente com coisas divertidas, sejam elas utopias ou não, torna tudo mais agradável. Uma leitura agradável, uma boa música, um saboroso chocolate, um bom filme, um site engraçado, até mesmo uma paixão platônica, enfim, existem mil estímulos para afastar o tédio da sua vida, basta ter a mente aberta e boa vontade. Meu lema é: se já está ruim, não pode piorar, então vamos dar um jeito de sair da fossa.
A minha válvula de escape é a escrita, como podem perceber. Assim que sinto o tédio se aproximar, procuro algo para escrever. Pode ser uma caderneta, um papel, um guardanapo, uma mesa, um livro, o que for, que eu logo consigo reacender as chamas da motivação e espantar o desgraçadinho. Como estou no computador, aqui estou escrevendo, por exemplo. É importante conseguir encontrar saídas para o tédio, visto que ele tende a aparecer na maior parte das vezes, ainda mais em pessoas exigentes e perfeccionistas como eu.

No entanto, o pensamento positivo é meu aliado nessa batalha, ao passo que o tédio não dura muito comigo. Algumas amigas minhas até ficam incomodadas com isso, pois procuro ver o lado bom de tudo, sempre, mas com um viés realista. Ser "pé no chão" é necessário, mas são as asas da imaginação que libertam nossos corpos do plano tedioso. A mente humana é o melhor brinquedo que temos, basta usá-la da maneira correta, que teremos o mundo aos nossos pés. Assim, desejo-lhes muita criatividade e imaginação. O pior defeito das pessoas é deixar de sonhar, acreditando que é besteira e infantilidade. Felizes são as crianças, que não se preocupam com nada e vivem idealmente.

Falando em criança, tem uma música do Biquíni Cavadão, da época da minha infância, que eu cantava sempre com minha irmã e minha prima, e que tem tudo a ver com o tema de hoje. Com vocês, "Tédio":


Sabe esses dias em que horas dizem nada
E você nem troca o pijama, preferia estar na cama
Um dia, a monotonia tomou conta de mim
É o tédio, cortando os meus programas, esperando o meu fim

Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio

Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem, pois pra mim tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz

Tédio, não tenho um programa
Tédio, esse é o meu drama
O que corrói é o tédio
Um dia, eu fico sério
Me atiro deste prédio.

Esperança, jovens, não se atirem de prédio nenhum! Um beijo e um abraço, Isadora.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A grande utopia amorosa






Bom dia, caros leitores,

Venho escrever hoje com muito prazer, pois, há alguns dias, acreditei que não atualizaria aqui por um bom tempo, por motivos que já foram explicitados anteriormente. Feliz ou infelizmente, aqui estou, com muita sede de colocar para fora algumas idéias que cercam minha mente no momento.

A discussão que pretendo abordar hoje envolve o universo feminino e suas peculiaridades envolvendo o universo masculino. As mulheres e os homens parecem viver em um eterno conflito, como todos sabem, em que existe amor em alguns momentos e ódio em outros. Sim, a tal da guerra dos sexos. Hoje, quero escrever sobre a perfeição que tantos almejam em seus futuros parceiros, os quais serão apresentados para a família e os amigos, enfim, que serão levados a sério. Em algum momento da vida, o que precisamos é estabilidade, certo?


Se ainda não aconteceu com você, prepare-se, pois um dia acontecerá. A vida é repleta de fases e mudanças, por isso é tão maluca e problemática. Então, voltando ao tema: o par perfeito. Por que será que tantas pessoas são exigentes quando se trata de relacionamento sério? Será a necessidade de aprovação? A insegurança? Os dois? Vai saber. O que quero indagar é: existe alguém perfeito para nós?

A resposta parece óbvia, mas ainda assim ficamos iludidos com a idéia de perfeição. Uns mais, outros menos, mas todos ficam presos à idéia, uma vez que é extremamente atrativa. Crescemos assistindo contos de fadas, vendo plebéias tornando-se princesas ao conhecerem um príncipe encantado, sonhos virando realidade e tudo mais. A televisão e o cinema fazem com que sejamos completamente alienados quando o assunto em questão é o amor. Fora a pressão de fora também, dos pais, amigos e conhecidos, que faz com que a busca pelo par parfeito se torne cada vez mais intensa.

O segredo da felicidade está justamente em não ceder às pressões, pois assim ficaríamos todos (mais) neuróticos, de modo a preocupar mais com a aprovação alheia do que com a realização pessoal. Não conheço ninguém que tenha levado pra casa um namorado drogado e inconveniente ou algo do gênero, para conhecer a família. Você conhece? Bom, se você conhece, é porque o filho ou a filha queria chamar a atenção dos pais (ausentes).

Infelizmente, os pais gostam de se apegar à idéia estereotipada de namorado ideal para os filhos. Assim, a filha deve namorar um rapaz inteligente, que saiba conversar, que seja carinhoso e respeitoso, além de todos aqueles nhém nhém nhéns típicos de alguém ligado a valores morais conservadores. Já o filho, prodígio amado da sogra nojenta, deve apresentar aos pais uma menina educada, que não fale palavrão, que não use roupas provocantes e/ou chamativas, que concorde com tudo o que for discutido na mesa do almoço. Ah, e no final lave a louça com a sogra, claro! Mais uma vez, idéia moralista e conservadora de namorada ideal. A partir daí, nasce o estereótipo de sogra chata e sogro ciumento.

Pois bem, onde fica o respeito nessa história toda? Cada um tem o livre arbítrio de escolher o que lhe convém, o que lhe faz bem, e ponto. Eu, particularmente, odeio pessoas conservadoras, por isso nunca consegui lidar com essa idéia de "família de namorado" muito bem, inclusive antes de ter a experiência com um namorado. Desde que me entendo por gente, tenho essa idéia de que namorar não envolve a família, mas sim o casal, ainda mais na adolescência. Quem vê pensa que namoro é casamento! Convenhamos, adolescentes "casados", a juventude é breve para ser adiada tão cedo com essa falsa moralidade de compromisso eterno.

Não banalizem o verbo amar, não se apressem com apresentações precipitadas à família, não acreditem em relacionamento eterno, não estraguem tudo com uma falsa idéia de amor. Amar é algo tão simples e genuíno, que aos poucos é transformado em algo complicado e podre, de modo que perde toda a magia com esses pseudo-casamentos. "É preciso amar as pessoas como elas são", não como elas deveriam ser. Ninguém é perfeito, nada é eterno e o amor não deve ser idealizado.

Olhe só, comecei o comecei com uma idéia e acabei finalizando com outra. Bom, acho que por hoje é só. Um beijo e um abraço, amo vocês para sempre.

Isadora C.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Influenziados pela Influenza A. Até quando?


Bom dia, caros leitores e amigos,


Atualmente, um problema está sendo relatado pelos diversos canais midiáticos com uma dramaticidade desnecessária e sensacionalista, típica de jornalistas amadores e carniceiros, que se alimentam da desgraça com um sadismo inigualável e imaturo. A mídia, como de praxe, faz questão de divulgar tal acontecimento com o claro objetivo de escandalizar e assustar a população, visto que é em choque, medo e raiva que posto sobre o assunto mais comentado ultimamente, a tal da gripe suína.


Contudo, a gripe A, como também é chamada, merece ser entendida por todos nós, público leigo e sem conhecimento médico suficiente para entender as consequências de um possível contágio, pois está presente em nossos ares brasileiros, tal como nos demais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atingiu o nível de pandemia!


Por causa disso, e do ódio que cerca minha inconformada mente desde ontem, quando recebi as notícias chocantes sobre o cancelamento de eventos, aulas e afins, fiz questão de pesquisar sobre o assunto para não falar besteira aqui. Primeiramente, faço questão de comentar sobre os sintomas, uma vez que muitos conhecidos e desconhecidos meus desconfiam ter a gripe, sem nem conhecer o básico sobre ela. Listam-se aqui os principais sintomas:


“Os sintomas são muito similares aos de uma gripe comum ou mesmo aos da dengue. O paciente com gripe suína tem febre acima de 39ºC, falta de apetite, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça intensa, irritação nos olhos e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia forte.”


Enquanto pesquisava sobre o tema, li o depoimento de um infectologista a respeito das medidas políticas de prevenção que vem sendo tomadas em todo o país: "Com a comprovação de que a letalidade do vírus é inferior ao da gripe comum, esse medo deixou de ter justificativa. As medidas tomadas só contribuem para alardear o pânico, nada mais. Para nós, especialistas, elas são uma resposta essencialmente política (...) pensar em suspender atividades essências para o cotidiano é inútil". Logo, neuróticos de plantão, não fiquem tão receosos ao saírem de casa e entrarem em contato com pessoas, pois isso não vai matar ninguém!


Não obstante, é necessário tomar medidas profiláticas, tais como: "lavar as mãos com água e sabonete depois de tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro, antes das refeições e antes de tocar os olhos, boca e nariz; proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de gotículas no ar; evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas, evitar aglomerações e ambientes fechados (eles devem estar sempre ventilados), ingerir alimentação balanceada e tomar muito líquido. Porém, os equipamentos de proteção (máscaras e luvas) são recomendados no Brasil apenas para pacientes suspeitos e pessoas ou profissionais de saúde em contato direto com eles."


São medidas simples e que já estão entrando em vigor em muitos locais fechados do país, inclusive no colégio em que estudo. Caso alguém tenha suspeitas que esteja contaminado com o vírus influenza A (H1N1), não entre em pânico, procure seu médico e evite contato social em locais aglomerados e fechados por pelo menos uma semana. Ah, e viagens desnecessárias também não são indicadas. Por isso, nem cogite a possibilidade de ir para o México ou para qualquer lugar em que há foco da pandemia, viu?


Existem especulações de que uma vacina contra o vírus será produzida no Brasil em outubro, mas não há garantias de que o antiviral será "tiro e queda", uma vez que o uso indiscriminado do mesmo pode levar o vírus a apresentar mutações. Em suma, o desespero não salvará ninguém contaminado nem protegerá os sortudos saudáveis, por isso, não tenhamos pânico! Quando o sentimento toma lugar da razão em casos como esse, fica ainda mais difícil combater a mídia sensacionalista e as prefeituras do terror. Basta seguir as instruções básicas, ao passo que são as únicas opções que temos até o momento.


Aos familiares de vítimas que faleceram, meus sinceros pêsames. Sinto profunda compaixão daqueles que não tem acesso à nata da avançada medicina brasileira, que enfrentam as intermináveis dificuldades da saúde pública do país. Graças a minha família, não precisei enfrentar tal situação (e sou muitíssimo grata por isso), mas pensar só no meu umbigo não é justo nem saudável com os demais que não foram afortunados como eu e grande parcela das pessoas que conheço. Por isso, com indignação e espanto, pergunto-me: ATÉ QUANDO?


Um beijo e um abraço para os que ficam, Isadora.

domingo, 9 de agosto de 2009

Breve comentário


Bom dia, caros leitores,

Há dias eu não posto nada aqui, como de praxe, pois estou vivendo um período sem grandes inspirações em minha vida. No entanto, é gratificante viver as experiências que estou vivenciando, principalmente as mais recentes, em que novidades alegram esse tedioso momento conhecido como "final das férias". Já repararam que a última semana de aula é sempre a melhor, mas a última semana de férias é sempre a pior? Pois bem, isso não vale mais para mim, pois, como esse "ditado" sempre fez sentido, resolvi mudar um pouco, visto que fiz da última semana de férias a melhor. Fiz questão de aproveitar cada instante de ócio, ao concluir que serão estes breves momentos os mais preguiçosos até o final do ano. Felizmente, sei bem o que quero e o que não quero, profissionalmente falando. Como diz o mestre Pablo Neruda, "cada um tem seu caminho e sua sorte". Portanto, meus caros, boa sorte! Boas vibrações para todos sempre. A partir de agora, ficará ainda mais complicado atualizar aqui, já que vou entrar em uma rotina cansativa e desgastante de estudos, que irão me manter focada nos meus objetivos para o final do ano.

Sendo assim, considero esse post uma despedida para vocês, que acompanham e gostam do que lêem, e para mim, que amo escrever aqui, ali e lá. Um beijo e um abraço, pessoas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A impontualidade do amor






Texto de Martha Medeiros, escritora que eu admiro demais e faço questão de homenagear aqui com um texto digno.



"Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender."






"Contra o estado das coisas e as coisas no estado em que estão."


"Contra o patriarcado, o matriarcalismo.
Contra a família, o ato gerador e o amor espontâneo.
Contra o parentesco, a afinidade.
Contra o poder e a culpa de ser pai, a vantagem de comer a filha.Contra o sexo proibido, o sexo.
Contra o sexo casual, o sexo animal.
Contra a guerra dos sexos, o sexo entre os sexos.Contra o desenvolvimento industrial, a educação.
Contra a globalização, o comércio local.
Contra o trabalho, o tempo livre.
Contra a falta de cultura, o ócio.
Contra a desocupação, a atividade artística.
Contra o desemprego, a produção cultural.Contra o governo, nem precisa falar, né?
Contra os capachos do palácio, os capatazes do engenho. Chicotada neles!Contra a Tiazinha, nada não.Contra o estado letárgico, a iniciativa individual.
Contra a indecisão, o risco.
Contra o sucesso, a certeza de alcançar.
Contra o esforço, toda força de vontade.Contra a promessa, a palavra.
Contra o compromisso, o encontro marcado.
Contra a seriedade da coisa, a diversão.Contra a cerveja, o cigarro.
Contra o rock'n'roll, drogas.
Contra o sexo, nada, nunca.E por que não?"

Dedicado a todos aqueles que são considerados "do contra". Afinal, sem essas pessoas tudo seria muito sem graça, muito constante, enfim, muito ruim. São opiniões contrastantes que fazem nascer incríveis debates e ótimas discussões. No entanto, esse texto não está vinculado aos que são "do contra" especificamente, mas ao fato de existir uma oposição para tudo. Por exemplo: não existiria amor, sem a indiferença; não existiria o conceito de vida, sem a morte; não existiria paz, sem a guerra, e por aí vai.
Fiquei motivada a retratar sobre esse tema, pois é algo muito presente no cotidiano de muitas pessoas, uma vez que tudo que existe, só existe com a condição de ter algo se opondo a si próprio. Desse modo, gostaria de relatar sobre a grande diferença que existe entre os estereótipos e a realidade, já que é um dilema que eu mesma vivo diariamente. Bom, como estava discutindo recentemente com duas pessoas queridas, concluí que o mundo enxerga cada um de uma maneira específica, com o tal do estereótipo. É difícil aceitar isso, porém necessário, já que nós mesmos temos um estereótipo, concordando com ele ou não.
É possível perceber que essa teoria pode ser aplicada a várias pessoas conhecidas, tal como: Fulano é chato; Beltrana é burra; Ciclano é interesseiro, etc. Recentemente, escutei de uma sábia amiga que uma grande parcela de pessoas que não me conhece, me enxerga como alguém incapacitada de escrever o que eu escrevo aqui, ao passo que meu comportamento não é cético e idealista, ou até mesmo "intelectual", mas sim o contrário, visto que sou brincalhona e extrovertida (ao que tudo indica, pessoas assim não tem o perfil de quem escreve em um blog, ou, se escreve, é pseudo-intelectual).


Dessa forma, gostaria de deixar um recado:


* Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual[1].
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada
estereótipo. Exemplos: "todos os alemães são prepotentes", "todos os norte-americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos".
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um
erro.
Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da
crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio.



Em suma, é impossível agradar a todos, não existe ninguém que tenha conseguido tal pretensão, certo? Sim. Não obstante, é necessário respeitar, apesar de não concordar com certas situações e pessoas. Pensando assim, vejo que preciso melhorar muito nesse aspecto, porque eu passo a impressão de ser muito intolerante, principalmente quando o assunto em questão é a música. Isso é algo que preciso aprender a respeitar, pois no lugar em que vivo, existe um padrão que agrada a maioria, e não há como mudar isso.


Acho que por hoje é só, meus queridos leitores e críticos haha. Um beijo e um abraço para quem fica, Isadora.



sábado, 1 de agosto de 2009

Foi apenas um sonho (que não se concretizou)!


Bom dia, caros leitores (que aumentam cada vez mais, para minha surpresa),
O atrasado post de hoje será sobre um filme que assisti ontem com minha mãe, que me impressionou de todas as formas possíveis. Enfim, houve o esperado reencontro dos atores de Titanic (1997) em um filme que retrata basicamente o vazio existencial humano e a tristeza de encarar a dura realidade vivida por casais do mundo inteiro, que vêem a necessidade de viver sem toda a paixão do início do relacionamento, em meio a uma rotina desgastante e sem emoções.

Primeiramente, antes de comentar sobre o enredo do longa-metragem, gostaria de ressaltar o talento dos protagonistas Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, que encarnaram de forma brilhante e convincente a vida de um casal que vive um dramático dilema, e sobre o diretor Sam Mendes (American Beauty, 1999), que fez o seu retorno triunfal à indústria cinematográfica com esta obra-prima. De fato, DiCaprio tem um potencial fortíssimo para atuar em filmes dramáticos, pois deu vida ao seu personagem de forma vivaz e transparente, com as emoções contagiando a mim e a minha mãe a cada diálogo que se passava envolvendo ele e sua esposa, interpretada pela genial Kate, uma das melhores atrizes contemporâneas (senão a melhor), e os demais personagens.

Outro destaque do filme é o ator Michael Shannon (indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), que encarnou o ex-matemático-atual-maluco de forma fantástica, uma vez que conseguia ofuscar artistas consagrados, como os que já foram citados anteriormente, toda vez que abria sua boca para iniciar diálogos "insanos” com os mesmos e expressar suas opiniões completamente avessas à realidade que se imperava no subúrbio norte-americano dos anos 50. Seu personagem tem uma importância enorme na história, já que sua função narrativa é comentar e criticar os dilemas vividos pelo casal, de forma mais inconveniente possível.
Em suma, o filme é uma adaptação do renomado romance de Richard Yates, publicado no ano de 1961, considerado um clássico contemporâneo da literatura, e que retrata de forma amarga e verossímil a realidade melancólica vivida por membros da classe média que, a meu ver, sobrevivem em um subúrbio estadounidense, de modo a lidar com lindas paisagens, belas casas, maravilhosos vizinhos e, contraditoriamente ao estereótipo, um enorme sentimento de vazio e frustração.
Assim vivem Frank Wheller e sua esposa April, com seus dois filhos. Um casamento claramente fracassado e maçante, demonstrado logo no início do filme com uma briga fenomenal. No passado, April estudou e se empenhou arduamente para ser uma atriz respeitada, mas frustrou-se ao perceber (e ser julgada pelo seu próprio marido como "sem talento") que isso jamais acontecerá, visto que seu destino tomou um rumo diferente (pior!), e ela passou a ser uma dona-de-casa infeliz, mascarada como feliz e exemplar pelos seus vizinhos e conhecidos.
Ademais, Frank passa por um dilema semelhante ao de sua mulher, pois, no passado, era um rapaz cheio de sonhos e dúvidas, com um ar de "jovem promissor", que encara uma realidade completamente contrária à que aspirava. Bom, ele trabalha em uma empresa que detesta, com colegas ainda mais detestáveis, com um salário mediano e sem muitas perspectivas de crescimento. Desse modo, ambos são prisioneiros de uma vida guiada por necessidades básicas, insuportável, que os mantém cada vez mais afastados e insatisfeitos, o que pode ser considerado um conflito universal.
Enfim, tal conflito leva o casal a tomar uma drástica e "infantil" decisão, que com certeza já passou pela mente de milhares de pessoas: abandonar tudo! Em seguida, seguiriam para Paris, onde April trabalharia como secretária do Governo e Frank teria tempo para estudar e ler sobre suas possíveis escolhas profissionais, que o deixariam feliz e realizado pessoalmente. Tal decisão parece provocar repulsa e inveja nos amigos, que possivelmente vivem o mesmo dilema, e deixam bem clara a desaprovação quando são informados sobre a novidade. Para os vizinhos, os Wheller representam o molde de casal perfeito, e tal idéia era completamente maluca e contraditória ao que eles então aparentavam, uma vez que era "irreal", como eles mesmos comentam.
Este retrato traçado de forma admirável por Sam Mendes apresenta vários pontos em comum com "Beleza Americana", filme que marcou a estréia do então diretor de teatro para o cinema, como por exemplo, o fato de ele optar pela exposição nua e crua da intimidade do casal suburbano, fazendo-nos sentir a angústia que os cerca, em que todas as escolhas envolvem perdas de sonhos e insatisfação pessoal. Em certo momento, a realidade logo os traz de volta à vida, e eles tomam uma decisão que será fundamental para o desfecho da história.
Uma crítica que li na internet sobre o filme chamou minha atenção e eu concordo profundamente com ela: "O diretor demonstra sutileza na condução do roteiro, ao realizar uma bem disfarçada mudança de ponto de vista no meio do segundo ato. A narrativa, até então mostrada do ponto de vista do homem, subitamente muda para o ponto de vista da mulher, a partir de certo acontecimento que altera radicalmente o rumo da história. Mendes também usa o som de maneira criativa, seja na construção de um universo sonoro que remeta o espectador à década de 1950 (com canções incidentais e também com a discreta e inquietante trilha sonora de Thomas Newman), seja realçando silêncios (como na tomada final) ou amplificando ruídos para enfatizar aspectos emocionais da narrativa".
Portanto, meus caros, aqui fica o conselho: aproveite a temporada preguiçosa e alugue "Foi apenas um sonho", pois garanto que não ficarão desapontados. Ah, para os que esperam um romance hollywoodiano, um comentário: perdeu, playboy! Um beijo e um abraço aos que ficam, vou-me embora.
Até mais, Isadora.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pseudo-intelectual.


"Como professor universitário, tenho um vício profissional. Quando estou corrigindo trabalhos de meus alunos e vejo que alguns deles estão tentando enrolar, criando situações e argumentos inverossímeis, escrevo na margem do texto: “a falsa cultura e é pior que a falta de cultura”. Essa minha afirmação, no entanto, não é restrita ao âmbito das relações ensino-aprendizado. Na vida real ela também se aplica. Por toda parte há intelectuais que nada mais são que atores de uma comedia, pois de intelectuais essas figuras grotescas nada têm.
Recebi na semana passado um e-mail de um amigo com um título que me chamou a atenção; “Como tornar-se um intelectual em poucas lições”. O texto possui algumas dicas para quem não quiser fazer feio em uma reunião de pseudo-intelectuais e recomenda:

1. Comece todas as frases com uma citação de um filósofo, de preferência com um nome alemão, o mais obscuro possível.
2. Se não souber o nome de nenhum filósofo alemão obscuro, procure saber o nome de qualquer jogador de futebol da 3ª divisão austríaca, e lhe atribua uma frase da sua própria autoria. O seu interlocutor não se dará ao trabalho de confirmar.
3. Ouça alguns fragmentos de música clássica, o suficiente para criticar qualquer uma delas, com qualquer pessoa que encontre à sua frente.
4. Leia a orelha e a contracapa dos livros que encontrar na livraria mais próxima, e critique-os junto dos amigos, com cara de quem leu os livros na íntegra.
5. Vá ao dicionário (ou à enciclopédia) e procure as dez palavras com maior número de sílabas que conseguir encontrar. Empregue-as avidamente.
6. Se não quiser ter o trabalho de memorizar as dez palavras, utilize o máximo possível de estrangeirismos. Para este efeito dê preferência a alocuções latinas, francesas e inglesas, pela ordem.
7. Utilize o máximo possível de palavras terminadas em “ismo”, tais como “interpretatismo”, “conceitualismo”, temperismo” e outras, mesmo que não signifiquem coisa nenhuma.
8. Veja filmes antigos e os utilize para comentá-los com expressões tais como: “é o metapsiquismo do transexistencialismo crônico, na observância das condições ‘sine qua non’ para a hermenêutica da propedêutica”.
9. Fale pouco em muitas palavras. Não diga, por exemplo, “Vou beber água”. Fica muito melhor a um pseudo-intelectual dizer “Vou repor o balanço hídrico”. Ainda melhor, poderá dizer: “Vou fazer como a Frieda, o personagem do livro ‘As Virgens do Lago’, de Von Klinkerhoffen, na cena em que ela fala com se dirige ao seu tutor filosófico” – ninguém sabe quem é o Von Klinkerhoffen. Imagine o quanto você brilhar ao dizer que esta verborréia toda significa que vai beber água.
10. Comente as notícias dos telejornais dos canais estrangeiros, da TV a cabo. Qualquer que seja a besteira que você diga ninguém vai notar, pois seus amigos (como você) nunca assistem a esses noticiários.
11. Fale de tudo sem dizer coisa nenhuma, com o ar de quem é o maior perito do mundo no assunto sobre o qual falou.
12. Regra de ouro: Critique, critique, critique... Lembre-se de um ditado muito utilizado entre os músicos: Quem aprende música e sabe tocar, vai ser músico. Quem não sabe, vai ser crítico.
13. Bajule – bajule muito – os ouros pseudo-intelectuais.
14. Fuja – fuja correndo – de perto dos intelectuais verdadeiros. Eles, somente eles, podem descobrir que você é apenas um bocó metido a besta. "


Outras definições para os pseudo-intelectuais:


" Lêem os clássicos da literatura universal, conhecem filosofia, sociologia, política e economia com profundidade e só fazem programas 'cult'. Pior que isso, são aqueles que fazem tudo isso e não vivenciam de nenhum forma o conhecimento adquirido."


"Criaturas arrogantes, prepotentes e mesquinhas que pensam saber tudo sobre tudo? Que lê (ou pelo menos o diz) apenas a introdução de 'O Príncipe' e já quer criar toda uma teoria sobre a obra, simplesmente passando por cima de explicações mais que aceitas de estudiosos renomados só para se dizer um cult incompreendido; que assiste o filme 'Laranja Mecânica', não entende nada e apenas repete os comentários feito pelo ambulante que lhe vendeu a cópia pirata do filme; veste-se como se estivesse indo para uma reunião com o presidente dos EUA, passa horas na frente do espelho tapando as espinhas e ainda diz que não liga para essas 'futilidades', que o importante é o intelecto; critica tudo que for contra sua opinião, como se essa fosse a verdade única e inquestionável; faz discursos revoltadinhos sobre a cotação da batata e a miséria do Butão só para se mostrar 'contra o sistema' "

Encontrei esse texto na Internet e adorei, pois "pseudo-intelectual" é um conceito muitas vezes ultilizado em discussões ou diálogos, mas poucas vezes é realmente conhecido. Certa vez, fui chamada de tal "apelido", por razões que já posso imaginar, mas que ainda assim me deixam pensativa e curiosa. Enfim, as pessoas que visitam o meu blog/orkut/twitter, certamente perceberam que eu escrevo formalmente, uma vez que é uma preferência, pois não consigo escrever errado, acho desrespeitoso com quem lê. Desse modo, para alguns, acredito que isso é um indício pseudo-intelectual. Como defesa, respondo: escrever de acordo com a norma padrão, não é pseudo-intelectual, é apenas uma convenção adotada pelas pessoas que gostam de escrever, tal como eu. Ao contrário do que alguns podem pensar, não é uma forma de me elevar, mas sim de respeitar os leitores e a mim.

Outro possível indício pseudo-intelectual que eu possa ter, para os adoradores de estereótipos, pode ser a minha paixão por cinema, uma vez que eu exponho isso com o maior orgulho aqui e nos meus outros canais cibernéticos. Logicamente, não sou nenhuma crítica de cinema, aliás, passo muito longe disso. Sou cinéfila, cineholic, ou o que preferir, e como tal, gosto de demonstrar o meu amor pela sétima arte. Que mal há nisso? É doloroso para alguém ver que existem pessoas que curtem falar sobre o assunto? Eu fico arrogante quando cito o tema ou quando homenageio com álbuns no orkut? Existem tantas besteiras acontecendo no mundo, tantos vícios mortais, tantas sacanagens, e isso recebe alguma importância.

Não é porque eu amo cinema, que eu vou desprezar quem ama, sei lá, festejar em boites. Cada um é cada um, e essa é a beleza da diversidade. Contudo, a aceitação do que foge à regra nem sempre ocorre, e ele recebe estereótipos constantemente. A meu ver, não sou melhor que ninguém, não gosto de ficar falando sobre livros e cinema para autopromoção, não sou arrogante, sou diferente sim, tenho as minhas preferências e tudo mais, mas em nenhum momento eu uso isso para degradar os que pensam contrariamente a mim. Não leio clássicos da Filosofia, não uso citações de intelectuais contemporâneos ou clássicos, não escuto Chico Buarque e Caetano Veloso para ficar comentando sobre a MPB (aliás, nem escuto eles!), não frequento lugares ditos "cult", não uso palavras difíceis com o intuito de me gabar ou algo do gênero (aliás, nem uso palavras difíceis no meu cotidiano!).

Em suma, não sou pseudo-intelectual, mas sim, gosto de apreciar o que me faz bem e tornar isso explícito, pois como o Cazuza mesmo diz: "Só quem se mostra se encontra, mesmo que se perca no caminho". Sou isso, explícita, defendo meus pensamentos, escuto os de outras pessoas, escrevo por paixão (não por autopromoção) e falo o que penso até o fim. Sou contra qualquer tipo de romantização da realidade, "puxação de saco" dos outros, ou qualquer coisa que seja artificial demais. Se isso incomoda, PACIÊNCIA!

Como os meus sábios avós dizem e eu concluo: É melhor ter voz e ser criticado, do que ficar quieto sem ser notado.


Um beijo e um abraço para todos. Fui-me, pois tenho filme com minhas amadas mãe e irmã, que são as pessoas mais inteligentes que eu conheço.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O mal do século XXI ?


Bom, já faz um bom tempo desde que eu postei aqui pela última vez, então acho necessário atualizar esse blog com algum texto interessante ou algo do gênero, visto que o último post foi um tanto imbecil. Hoje não quero fazer homenagens nem colagens, enfim, desejo escrever alguns pensamentos que rodeiam minha insone mente no momento (são 03h35min da madrugada e eu estou acordadíssima). Ultimamente, adquiri mais uma forma de expressão cibernética, a qual está fazendo o maior sucesso entre pessoas das mais variadas idades e tribos, o Twitter.
É incrível como ele tem um efeito semelhante em todo mundo, uma vez que não conheço ninguém que não esteja "viciado" e não atualize o seu perfil diariamente. Para os ignorantes no assunto, atualizar o perfil consiste em postar comentários que tenham no máximo 140 caracteres, e podem ser a respeito de qualquer assunto, ou seja, a temática é livre. Desse modo, cada um tem a liberdade de escrever o que quiser desde que esteja com os impostos 140 caracteres.
De fato, essa imposição é o segredo do sucesso do site de relacionamentos (não deixa de ser, apesar de ser uma espécie de blog), visto que assim as mensagens ficam mais objetivas e dinâmicas, a meu ver, e então mais divertidas. Outro atrativo do Twitter é o fato de que o usuário pode personalizar sua página pessoal de acordo com suas preferências e afins. Ademais, as informações postadas pelo usuário serão visualizadas pelos seus seguidores (followers), que são informados sempre que o mesmo atualiza seu perfil com alguma mensagem, e pelos que acessarem a sua página.
Entre os usuários, podem ser encontradas "celebridades" estrangeiras como Demi Moore, Ashton Kutcher, Nicole Richie, Lindsay Lohan, Elizabeth Taylor, Britney Spears, Miley Cyrus, Lance Armstrong, Al Gore, Arnold Schwarzenegger, Snoop Dogg, Michael Phelps, Rachel Bilson, Yoko Ono, entre outros tantos.
Os artistas brasileiros também não resistem e podem ser encontrados no site, como é o caso de Bruno Gagliasso, Gilberto Gil, José Serra, Paulo Coelho, Maria Rita, Sabrina Sato, Ceará, Vesgo, Marcos Mion e mais um monte! Assim, os fãs seguem seus perfis e mantém-se atualizados sobre a vida de seus "ídolos". Em minha opinião, o Twitter é viciante, pois as pessoas sentem uma enorme necessidade de serem escutadas, afinal, ninguém lê o perfil dos outros com a mesma atenção com que escreve no seu próprio perfil. É um monólogo de pessoas carentes e desocupadas! E eu me incluo nessa galera, feliz ou infelizmente, mas assumo isso de cara limpa. Não sou como algumas pessoas hipócritas que fazem parte do microblogg. Contudo, não me considero carente, não no sentido literal da palavra. Criei o meu perfil, porque eu sinto um prazer imenso em escrever e defender meus pontos de vista, além do fato de gostar de expor isso, algo que pode ser percebido nesse blog, por exemplo. Se isso é carência, não sei, mas me faz bem.

Outro comentário que eu queria fazer é esse: a exposição é arriscada, pois uma vez que algo é dito, jamais poderá ser apagado (no site pode, hein hahaha).
Mas o que eu quero dizer, é que algumas pessoas são demasiadamente sem noção quando se trata de postar observações a respeito de si mesmas, expondo detalhes sórdidos e íntimos que não precisam ser expostos. Além dessas pessoas, existem os metidos a superiores, aqueles que ficam postando mensagens rancorosas e típicas de pessoas mal-comidas, em que mil e um assuntos são colocados como imbecis e típicos de pessoas imaturas, sem nenhuma análise crítica ou conhecimento do assunto (na maior parte das vezes, quem sofre é a indústria pop). Eu, particularmente, não sigo nenhum ser desse gênero.
Meus caros, a esses seres eu tenho um nome: pseudo-intelectuais. Ai, como eles conseguem me tirar do sério. Ficam com aquela pose de conhecedores de tudo e de todos, e na verdade mal sabem lavar as próprias roupas íntimas, se é que lavam!
Enfim, acho que já escrevi demais por hoje. Amanhã vou fazer um esforço para atualizar isso aqui. Aos que ficam, um beijo e um abraço.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

A primeira pedra


"Atire a primeira pedra
Quem não sofreu, quem não morreu por amor
Todo corpo que tem um deserto
Tem um olho de água por perto

Para ouvir basta abrir os poros
Para aceitar basta oferecer
Para que adiar um desejo
De alguém que lhe quer tanto beijo

Quem de vocês
Resiste a uma tentação
Quem pretende revogar a lei do coração

Quem ousaria
Dessas vozes duvidar
Deixa a sua natureza se manifestar."


Composição: Carlinhos Brown, Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Grito de liberdade


Boa noite, caros leitores,

Ultimamente ando sem inspiração para escrever aqui, como podem perceber, mas estou vivendo uma ótima etapa da minha vida. Em paz e harmonia com as pessoas que mais amo, sem muitas responsabilidades, sem problemas cotidianos que me tirem do sério e com meus filmes e músicas atualizadíssimos. Acredito que culturalmente estou na minha fase mais rica! Estou com tempo livre e isso me deixa frenética! Posso sair quando eu quiser, dormir até quando eu quiser, tudo está ao meu controle. Sinto-me onipotente, apesar de ter apenas 17 anos e viver sob as dependências da minha mãe.
Nunca estive tão conectada comigo mesma. Isso pode parecer imbecil, mas é ótimo. Mas enfim, gostaria de fazer um breve comentário: Uberlândia precisa de novidades! Não a cidade, que cresce cada vez mais, mas as pessoas. Sair de casa e ver uma população uniformizada é decepcionante. Vale ressaltar que estou comentando do meu grupo social, da "classe média". Isso é tão repugnante, como se as pessoas valessem o que elas podem comprar, mas é a realidade.
Em um mundo materialista sujeito ao imperialismo norte-americano que dita as modas, os costumes e tudo que é "cool" para os adolescentes. Falo isso da forma mais hipócrita possível, uma vez que eu mesma sou influenciada. Mas isso é algo que eu combato todo dia, pois acredito que o nosso país é mil vezes melhor que os EUA, por várias razões, as quais eu não quero aprofundar. Além disso, acredito nos meus gostos e na minha personalidade, prego a diversidade, não gosto de ver cópias na rua, pois esse é o maior sinal de que a burrice impera. Fora isso, tenho um lema: religião, política e questão racial não se discute, sempre dá em pizza! A não ser que as pessoas que estejam discutindo estejam aptas a escutar, algo muito pouco provável, até porque as pessoas preferem falar a ouvir.

Outro comentário, que provavelmente irá gerar a maior raiva em quem ler, já que tudo que eu escrevo gera incômodo: deixemos os lenços e cachecóis de lado, garotas! Vivemos em um país tropical, quente pra dedéu, e essa modinha não se adapta aqui, apesar de bombar no Gossip Girl e afins. NY não é = UDI. Abram o armário de vocês e deixem a criatividade brotar. A não ser que esteja frio, pois aí sim faz todo o sentido usar tais adereços.
Sabe algo que me deixa rindo à toa? Ver uma pessoa esquisita na rua, que esteja completamente confortável consigo mesma, usando algo que tenha uma mensagem, sabe? Ao contrário de ver uma patricinha de Beverly Hills em Uberlândia, tão esnobe e tão vazia (criativamente falando, é claro, não nos deixemos levar por estereótipos), que veste roupas caríssimas para impressionar as outras patricinhas. Porque essa é uma dura verdade, as mulheres vestem-se para as amigas, não para os namorados e pretendentes. Mas não precisa ser patricinha não, pode ser uma EMO também, ou qualquer tribo que seja. Quantas e quantas emos eu já vi na rua, antipáticas que só, usando roupas praticamente idênticas às de suas companhias, achando que estão abalando! E ao contrário do que a cultura emocore prega, usam do estilo para aparecer e não para representar alguma ideologia. Claro, existem exceções, mas o que eu enxergo aqui é isso.

Aqui em Uberlândia, por exemplo, as modinhas variam: já foi legal ser patty, hoje é legal ser emo. Já notaram isso? Ainda mais com os bares alternativos bombando!
Em suma, minha mensagem é que sejamos originais! O plágio é deplorável e digno de dar pena. Mas existem tantas pessoas bacanas nessa cidade, apesar dos pesares. Tenho essa tendência de apresentar minhas opiniões sobre os extremos, mas reconheço as exceções e admiro-as demais!

Esse tom ríspido em meus posts soa um pouco "rebelde sem causa", mas eu tenho um ponto. Um beijo e um abraço para os que ficam!












sexta-feira, 10 de julho de 2009

Gosto é que nem...


Acredito que a continuação do título é bem óbvia, por isso não fiz questão de colocar. Enfim, esse tema tem deixado minha mente pensativa ultimamente, procurando respostas e explicações a respeito da validade desse ditado popular, ou melhor, dessa lenda urbana que se transformou em um clichê nos dias atuais. Será que cada um tem um gosto tão autêntico quanto sua bunda? Será que o gosto é algo extremamente pessoal/íntimo, uma vez que cada um tem o seu, como prega o ditado? Ou será que o gosto foi padronizado, de modo que surgissem as denominadas "tribos", "panelinhas" e afins?

Bom, a meu ver, a última explicação é verossímil. Após refletir sobre o assunto, conclui que muitas pessoas não são autênticas como aparentam. Por mais que a singularidade seja algo extremamente atrativo, a grande maioria das pessoas prefere aliar-se a um grupo com que tenha alguma afinidade, ao invés de assumir sua faceta diante do mundo. Isso acontece pelo simples fato de ser mais fácil, mais "adaptativo", menos complicado. Falando assim parece óbvio, mas não é. A grande verdade é que todos, alguns mais e outros menos, querem ser aceitos.


Desse modo, a regra é a padronização de acordo com a afinidade de cada um. Assim, nascem os "emos", as "pattys", os "alternativos", as "groupies", os "punks", os "cowboys/agro boys", etc. Não obstante, a convivência entre os diversos grupos pode levar a atritos, uma vez que a intolerância é uma característica típica dos seres humanos. O que é diferente do padrão, do que é considerado certo para cada um, provoca repulsa, desprezo e falta de interesse, na maior parte das vezes. A diversidade geralmente é tratada como um problema, não como uma riqueza. Isso, meus caros, é um problema tão antigo e tão imbecil, que deveria ter desaparecido há tempos. Justamente por estar tão enraizado na sociedade, é tão difícil de ser superado. Mas difícil não significa impossível, graças a Deus!


Enfim, falo isso por experiência própria. Em muitas ocasiões fui considerada avessa à regra, diferente, e por isso sofri com a má aceitação em alguns grupos de pessoas. Não estou falando de bullying ou algo do gênero, mas de uma coisa mais branda, porém dolorosa. Desde cedo, minha personalidade provocou esse efeito. Hoje em dia isso não me incomoda mais, apesar de ainda acontecer. Não estou bancando a vítima, até porque essa "má aceitação" foi recíproca em certos momentos, só estou querendo dizer que não é algo positivo e incentivador para ninguém!
Não falo só por mim, mas por várias pessoas que já foram oprimidas pelos grupos majoritários, que insistem em competir e provocar conflitos sempre que surge uma ovelha colorida no bando uniformizado de ovelhas brancas. É algo tão primitivo, tão natural do ser humano, que pode ser percebido em qualquer país, em qualquer grupo, de qualquer idade. Inclusive pessoas que pregam a diversidade, contradizem-se a todo o momento.


Isso é algo que me tira do sério, ainda mais quando acontece com alguém que eu amo. Comigo eu já não me importo tanto, uma vez que construí uma barreira protetora envolta de mim, que me tornou imune a sofrer com isso. Agora, quando eu vejo um grupo menosprezando alguém simplesmente por ser diferente, por agir de modo inesperado, aí eu fico incomodada. Incomodada porque é um grito de insegurança com pose de poder. É uma atitude medrosa mascarada de poderosa. Vocês, leitores, podem perceber que as pessoas mais intolerantes são as mais inseguras. E quanto mais inseguras, mais auto-afirmativas elas são. Aí fica a dica: se alguém gosta de ficar ressaltando suas qualidades, com aquela pose de arrogante, pode saber esse alguém se acha um bosta. E com toda razão!


Portanto, meus caros, vamos conviver melhor com a diferença, afinal, se todos fossem iguais a você que horrível viver!
Beijos e abraços, Isadora.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Rápido post.

Boa tarde, caros leitores. Demorei para postar em função de alguns compromissos e problemas, mas hoje estou com muita vontade de escrever aqui. Engraçado, fui olhar o número de visitas aqui no meu blog e elas triplicaram! O motivo é óbvio, mas não vou polemizar. O fato é que alguns rapazes interpretaram um post meu da maneira errada, acreditando que eu estava criticando eles ou algo do gênero, mas deu para rir bastante da situação depois. Somente gostaria de dizer que eu criei o blog não com o intuito de acariciar o ego das pessoas, muito menos pra depreciar ou ridicularizar, mas para escrever sobre tudo que me der na telha.
A interpretação de cada um acerca dos meus posts é aceita, mas que seja feita com um rigor lógico mais elevado. Em momento algum quis dizer o que estão achando por aí. Mas, se a carapuça serviu, não posso fazer nada, infelizmente.
Bom, hoje eu queria postar sobre filmes! A sétima arte me deixa cada vez mais fascinada, como vocês podem perceber. Tive a felicidade de alugar filmes fantásticos nessa semana e aprender muito com eles. Comentarei rapidamente sobre cada um:

Réquiem para um sonho: É um filme extremamente perturbador, chocante e dramático. É impossível assistir o filme e não se sentir mal no final. Eu sou uma manteiga derretida assumida, né, chorei feito um bebê desamparado. Recomendo! As atuações não deixaram a desejar nem um pouco, foram fascinantes! Jennifer Connely, Jared Leto e Ellen Burstyn mandaram muito bem! Em suma, retrata as piores facetas dos vícios e suas drásticas consequências. Darren Aronofsky é um promissor diretor.
A Espiã: Um excelente longa, produzido e falado em holandês, que retrata a história de uma cantora judia (Rachel Steinn) durante a Segunda Guerra Mundial. Enfim, após perder familiares e amigos durante bombardeios alemães, ela decide se infiltrar nas forças alemãs para ajudar a resistência holandesa na guerra. Ela muda seu nome, seu visual, seu estilo, para seduzir um alto comandante do exército alemão. É emocionante do começo ao fim! Recomendo!
Mais tarde comento sobre mais filmes, preciso ir. Um beijo e um abraço para os que ficam.

sábado, 4 de julho de 2009

"Mulher é bicho esquisito todo mês sangra.Um sexto sentido maior que a razão..."


Hoje o meu post é uma homenagem realista a nós, mulheres! Houve um debate acerca do feminismo na sala, durante a aula de Sociologia, e fiquei inspirada a filosofar a respeito do universo feminino. Enfim, um movimento que surgiu como reflexo de séculos e séculos de opressão e dominância masculina no seio das sociedades. Um movimento inspirador e revolucionário, que eu admiro muito. Quem lê esse blog já deve ter notado que eu sou uma revolucionária frustrada! Mas então, continuando...
Eu acredito que as mulheres são extremamente complexas, tal como os homens, mas com uma complexidade ainda mais curiosa. Somos nós, como a grande Rita Lee diz um bicho esquisito que sangra todo mês. Agradeço por ter nascido mulher, por ser biologicamente preparada para gerar vidas dentro de mim. Meu grande sonho é ser mãe! Ao contrário de muitas raparigas da minha idade, que sonham em se casar com um príncipe encantado. Casamento, nesse sentido, é utopia! Prefiro ter sonhos realistas, sonhos que podem ser alcançados, tal como a igualdade entre os sexos! Eu acredito que um dia isso irá acontecer. Veja bem hoje, como as coisas já mudaram.
Infelizmente, as mulheres contemporâneas são mais machistas do que pensam. Por isso eu digo: "Eu tento ser feminista", não "eu sou feminista". Até porque isso seria uma ofensa às mulheres que lutaram tão arduamente por essa filosofia no passado.
Hoje, as mulheres educam seus filhos para serem machistas, ensinam suas filhas a serem machistas, entre outros, sem nem perceberem. Por mais que atualmente tenhamos conseguido notabilidade social, o machismo ainda se faz muito presente no cotidiano. Seja no trabalho, seja em casa, seja na escola, seja nas boates! Existem expectativas sustentando isso.
Em função disso, tento me comportar como acho certo. Sustento meus valores acima de tudo, defendo-os até a morte, e jamais vou ser uma mulher capacho! Talvez por isso alguns caras tenham medo de mim hahaha.
Sinceramente, acho que sozinha não vou conseguir mudar nada. Por isso fica o convite: mulheres, vocês querem mudar a sociedade em que vivemos? Querem acabar com os resquícios do machismo que ainda existem? Querem acabar com os preconceitos, como "lugar de mulher é na cozinha!"? Então, minhas caras, comecem mudando vocês mesmas.

Como diria Pablo Picasso: “Para mim só há duas espécies de mulheres: as deusas e os capachos.”
Homens inteligentes defendem pensamentos como esse. Os mais ignorantes e provincianos preferem mulheres submissas, sem voz, sem personalidade. Não sei se tenho mais pena dos homens que pensam assim ou das mulheres que se sujeitam a eles.
Enfim, beijos e abraços para quem fica.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Suprassumos da Quintessência


"O papel é curto.
Viver é comprido.
Oculto ou ambíguo,
Tudo o que digo
tem ultrasentido.
Se rio de mim,
me levem a sério.
Ironia estéril?
Vai nesse ínterim,
meu intramistério"


Paulo Leminski.


Genial, né? Estava estudando Literatura e fiquei encantada com esse poema do Leminski. Realmente, uma lástima para a nossa cultura que ele tenha morrido com apenas 45 anos, tal como Fernando Pessoa (faleceu com 44), uma vez que eles poderiam ter oferecido ainda mais riquezas para o nosso país.

Ai, fiquei inspirada com uns haikais interessantíssimos que li agora e fiz o meu! Como o blog é um espaço meu, decidi compartilhar essa "coisa" com vocês, leitores. Se é que existem mais de um haha.

Aqui está, um haikai típico de uma escritora inexperiente:


Apartamentos

Estou aqui, enquanto estão lá
Escuto daqui, enquanto gritam de lá
Incômodo constante parece não me abandonar.


Sim, péssimo. Um beijo e um abraço, vou-me embora. :)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Liberdade de expressão


Não estou inspirada hoje, portanto não quero prestar homenagens a nenhum dos meus ídolos. Segunda-feira costuma ter esse efeito em mim, mas vamos que vamos, pois esse blog precisa ser atualizado!
Hmmm... Alguns comentários sobre esse fim de semana: escutei muitas besteiras e fiquei calada, afinal, é melhor não discutir em certas situações, com certas pessoas com opiniões completamente contrárias às nossas. Em outra ocasião, porém, tive que assumir outra posição, em função de falar por uma maioria e não somente por mim. Mas, vejo que foi em vão, uma vez que a maioria optou por calar-se na hora de falar.
Isso é algo que me tira do sério, sabe? Pessoas que, na calada da noite, juntam-se para reclamar e criticar e, com o raiar do sol, negam tudo. Falsidade para alguns, dissimulação para mim. Os dissimulados merecem ser crucificados na cruz da verdade! Tentei disfarçar minha fúria, mas não consegui sucesso. Os mais observadores perceberam que fiquei indignada com a posição dos dissimulados. Contudo, estou aprimorando a arte de não explodir. É difícil, mas não impossível.
No entanto, muitas coisas boas aconteceram também! Ontem, por exemplo, teve a festa junina do COC, muito bacana, por sinal. Tive inúmeras surpresas, como encontrar meus grandes amigos do passado lá. Muito gostoso abrir o baú do passado em momentos tão presentes. A organização do evento acertou e errou em alguns pontos, mas a festa acabou agradando todo mundo. Uns mais, outros menos, mas agradou.
Achei que a decoração deixou a desejar, as comidas estavam frias demais, os ambientes deviam ficar mais bem separados e que estava lotado. Fora isso, amei! Principalmente quando o Estéfani começou a tocar Black Music. Quando ouvi ABC do Jackson Five surtei! Quase chorei! Resumidamente: muitas risadas, muita dança e muita alegria. Achei muito legal o evento dar espaço para tantos estilos musicais diferentes. Teve samba, black music, música eletrônica, música sertaneja e axé. Enfim, uma festa junina nada tradicional mas divertidíssima.

Sábado fui na Lounge, fiquei perto de pessoas inteligentes conversando sobre coisas engraçadas. Deparei-me com uma legião de playboys lá dentro, o que me deixou um pouco desconfortável. Não gosto de frequentar lugares superficiais, e, sábado, lá estava muito superficial! Fora isso, foi ótimo. Rolou uns cudoces também (não da minha parte), mas deu pra rir muito, apesar da TPM.

Enfim, falei mais do que devia. Sorte que vivemos em tempos democráticos, em que a liberdade de expressão não implica em execução.

Beijos e abraços, Isadora.

Obs.: Estou viciaaaaaada em Oasis e apaixonada no Liam! Puxem músicas e assistam entrevistas no youtube, vão morrer de rir dos irmãos Gallagher. Eles são a união perfeita de talento e sarcasmo.

sábado, 27 de junho de 2009

O mundo chora a morte do Rei do Pop


É com muita tristeza que escrevo hoje a respeito da morte tão repentina de um ídolo musical, que aconteceu tão inesperadamente nessa semana. Demorei a postar em função de alguns probleminhas pessoais, mas aqui estou hoje e não consigo pensar em outro assunto. Qualquer um que entrar na Internet, ligar a televisão ou o rádio, verá que o assunto mais comentado é esse: a morte de Michael Jackson. Por que ele morreu? Foi suicídio? O seu médico prescreveu os medicamentos errados? Enfim, milhões de perguntas surgem em função da perda de um homem tão polêmico, considerado bizarro e pedófilo para muitos, exemplo de músico para outros, abandonar milhares de fãs ao redor do mundo assim, tão de repente. No entanto, sua disciplina como artista e talento devem ser reconhecidos.

Assim que ouvi "Michael Jackson morreu!", pensei que fosse uma piada de péssimo gosto, algo semelhante às correntes que vem no meu email diariamente, com notícias mentirosas e sensacionalistas. Vale ressaltar que não é uma notícia qualquer, como o resultado de um jogo de futebol, ou alguma fofoca no mundo das celebridades, trata-se do fim de uma era, da morte de um ícone que marcou várias gerações, responsável por reinventar a indústria musical de tal modo que legiões de pessoas e artistas lastimam a sua perda. Fãs no mundo inteiro demonstram tristeza, dor e dúvidas a respeito do ocorrido. No dia 25 de junho, aos 50 anos, morre o lendário rei do pop, com uma parada cardíaca.

É triste reconhecer que, com a sua morte, Michael voltou a ser assunto. Um homem que se afastou por tanto tempo, que ia voltar com tudo em uma turnê pela Europa, vem a falecer assim, de modo tão inesperado e confuso. Confuso porque não há nenhuma causa aparente para a sua parada cardíaca, segundo legistas. Ao meu ver, deve ter sido em função de uma overdose acidental de remédios, pois ele era hipocondríaco, e estresse. Enfim, não sou médica, apenas penso que deve ter sido algo acidental, não consigo acreditar que ele tenha planejado isso.

Só consigo pensar na dor que seus familiares devem estar sentindo agora. Isso me entristece muito. Além disso, como fã, fico triste com a perda do rei do entretenimento, o eterno Peter Pan (um homem com a mentalidade e ingenuidade de um menino, segundo seus amigos mais próximos). Lembro-me bem de ouvir suas músicas na minha infância, graças a minha mãe, que me ensinou a gostar do Pop. Inúmeros artistas tiveram seus videoclipes influenciados por ele, inúmeros fãs esforçavam-se para fazer o Moonwalk, imitavam coreografias de clipes e admiravam a versatilidade de Michael como artista.

Aos 5 anos, começou a cantar e dançar; Aos onze, liderava uma banda formada por seus irmãos (Jackson 5); Seu futuro já estava traçado, visto que prometia muito sucesso. Aquele jovem rapaz dançando feito profissional, uma miniatura do James Brown, impressionando o mundo, estava predestinado a brilhar. Michael Jackson nada mais foi que uma estrela, com um brilho único! E isso, meus amigos, ninguém pode negar.