quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Lidando com as diferenças
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Brasil, mostre a sua cara!
Venho hoje com o intuito de debater sobre um tema que me deixou pensativa e reflexiva hoje: a cultura brasileira. Enfim, desejo discutir a nossa identidade, o que faz de nós brasileiros, diferenciando-nos dos demais povos. Como é conhecido por todos, vivemos em um país miscigenado, marcado pela hibridização de diversas etnias e valores, que resultam em nós, povo brasileiro. Há quem enxergue essa mistura étnica de forma negativa, transferindo a culpa dos "fracassos" ou do "atraso" da nação a ela, do mesmo modo como existem pessoas que vêem na diversidade a riqueza de nosso país.
Historicamente, há aproximadamente quinhentos anos, os portugueses chegaram a nossas terras. A partir daí, com a invasão branca, somada à presença indígena e negra, deu-se início a formação do que pode ser observado atualmente. Surgiam caboclos, cafuzos, mulatos, mestiços, mais índios, mais negros e mais brancos. Com o encontro das diferentes etnias durante a formação do Brasil, nascia uma realidade cultural diversificada e atípica.
Vale salientar que nos séculos XIX e XX ocorreu a imigração de inúmeros europeus (com o pretexto de "branquear" o país - traço racista que pode ser observado até hoje), incluindo italianos, alemães, árabes e espanhóis, o que contribuiu intensamente para o processo "miscigenatório". Em suma, deve ser ressaltado que existem heranças de cada um desses povos, observadas na língua, culinária, religião, música, estética, valores sociais, etc.
Não obstante, apesar de fazer essa introdução histórica à formação do mosaico cultural observado no Brasil, vim escrever sobre um tema mais atual: os estereótipos dados aos brasileiros dentro e fora do país e da credibilidade existente ou ausente neles. Enfim, herdamos mais do que hábitos alimentares, rituais religiosos e afins de nossos "antepassados", como todos já sabem, como a aversão ao trabalho e o "espírito aventureiro" da cultura ibérica, por exemplo.
Há quem diga que os portugueses são naturalmente avessos às regras impostas pela sociedade, tendendo a transformar as relações impessoais em pessoais. Ademais, também costumam "hierarquizar" as relações, tornando as relações marcadas pela desigualdade. Seria essa a origem da famosa cordialidade política dos brasileiros, retratada por Sérgio Buarque de Holanda.
Somada a essa cordialidade, existe a preguiça dos índios, a alma festeira do negro, o espírito explosivo do italiano, entre outras características, que somadas formam a identidade brasileira. Em parte, podem ser consideradas estereótipos, mas, de fato, podem ser notadas em grande parte da população. Certo?
Portanto, o que é ser brasileiro? É jogar futebol bem? É sambar? É capoeira? É ter curvas, bunda e sangue quente? É ser corrupto? É deixar tudo o que pode ser feito hoje para amanhã? É ser receptivo com estrangeiros? É copiar e vangloriar os norte-americanos? É aceitar passivamente coisas absurdas? Não sei responder. O que acredito é que somos uma nação sem amor próprio, politicamente alienada e rica culturalmente.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Voltando às raízes
Há tempos não escrevo nada aqui, pois estava atolada nos estudos, como muitos que conheço também estavam, mas finalmente toda essa temporada de esforço passou. As férias chegaram, o PAIES acabou e só consigo pensar em uma coisa: relaxar. A meu ver, não há nada mais relaxante do que escrever, assistir bons filmes e escutar música de qualidade. Pois bem, enquanto estiver por aqui, hei de atualizar este blog o máximo possível, com textos interessantes, espero.
O tema que pretendo abordar hoje é a família e a importância dela na vida dos jovens. Bom, muitos adolescentes costumam entrar em confronto com seus familiares, em função de apresentarem idéias antagônicas, sendo que, na maior parte das vezes, os pupilos apresentam um desejo de liberdade imenso, que tende a esfriar o relacionamento com os pais. Sentem-se presos às imposições e regras impostas pelos mais velhos, o que estimula o desejo pelo desconhecido (libertinagem, fuga às regras, fazer o "errado", moralmente incorreto).
Acredito, no entanto, que não são só esses os motivos que fazem com que a relação entre os pais e os filhos seja superficial, mas, mais pra frente, abordarei outros temas mais profundamente. Em suma, tenho uma teoria: o ser humano é como um pássaro: quanto mais enjaulado estiver, mais interessado estará pela liberdade apresentada fora da "gaiola". Portanto, pais do mundo inteiro, não façam com que os seus lares sejam semelhantes a uma gaiola (sufocante, cansativa e desanimadora). Sou a favor da comunicação em casa, que dê aos filhos confiança e força para enfrentar o mundo cruel que existe lá fora, não o contrário.
No meu caso, tenho uma mãe amável e dedicada, mas um pai ausente (entre outras coisas). Não estou aqui para expor a minha situação familiar, nem debater coisas íntimas, até porque acho ridículo, mas desejo tratar de um assunto sério. Tem uma frase do Oscar Wilde que me encanta, quando eu penso nessa situação que vivo: "No início, os filhos amam os pais. Depois de certo tempo, passam a julgá-los. Raramente ou quase nunca os perdoam."
Viver em sociedade exige de nós destreza para aprender a lidar com a diferença. Dentro de casa, isso também acontece, já que cada um tem características únicas, que podem levar a brigas e discussões. Não acredito em "família de propaganda de manteiga", que só sabe rir e amar. Isso é tão fictício quanto uma história de fadas e princesas. É normal brigar e detestar os familiares em certas ocasiões é totalmente aceitável. O que não pode acontecer é deixar que as brigas e os sentimentos negativos tomem um espaço predominante no lar.
Assim, devemos aceitar certas coisas que nossos pais desejam, por respeito, pelo fato de que eles nos amam, porque amar é ceder, e ceder é abrir mão do que queremos e achamos correto em algumas situações. Mas que fique bem claro: não é só porque eles são pais que eles sabem tudo. Muitíssimo pelo contrário! É preciso debater certas questões, defender o seu ponto de vista, quando está nítida a falta de maturidade dos pais em lidar com devidas questões. Aí está toda a beleza: o debate levando à compreensão.
Não obstante, sei que em muitos casos, os pais mais se assemelham a generais autoritários, que não querem ouvir nada, só sabem impor regras e mais regras. Nesses casos, o ideal é ter paciência, porque os gritos só servirão para piorar a situação. E, falo por experiência, esses tipos de pais são os que apresentam os filhos mais "imorais", se é que vocês me entendem. Não passam de adultos moralistas, hipócritas (porque, com toda certeza, aprontaram bastante, ou pelo menos quiseram aprontar), acostumados a reprimir seus desejos, por isso tentam reprimir os seus filhos. Posso estar sendo extremista, rude e desrespeitosa, mas é uma teoria. Bom, não deixa de ser uma hipótese, estando certa ou errada.
Em suma, desejo concluir que cada família tem uma moral. O mais importante, e que vale para todas as famílias, é que a casa deve ser um aconchego, não uma guerra. Conversem sobre sexo, drogas, dúvidas, opções, profissões, sem querer impor nada, que acredito que seus pais escutarão.
Um beijo e um abraço, Isadora C.
sábado, 5 de setembro de 2009
Mentira, a mãe da moralidade.
Há tempos não escrevo nada aqui, como podem perceber, mas após assistir um filme inacreditavelmente bom, senti inspiração para abordar sobre um tema que sempre passa pela minha cabeça; uma idéia que sempre me deixou confusa, sem respostas e inquieta; uma palavra tão representativa quanto seu significado: a mentira. O brilhante longa-metragem relata a história de um idealista e enigmático britânico, por vezes visto e chamado de louco, que instaura, literalmente, o caos na "pacata" Inglaterra futurista. Vale ressaltar que ele retrata seus ideais com uma paixão jamais vista no cinema, que torna a história envolvente e polêmica. Bom, vocês não devem estar entendendo o por quê do último adjetivo, mas, assim que assistirem, entenderão do que estou falando.
Em suma, é necessário ser dito que aparecem claras referências ao regime fascista alemão e a grande parte de suas atrocidades (perseguição a homossexuais, religiosos, extremistas e afins, campos de concentração, entre outros), à perdida e insana figura conhecida como Adolf Hitler (chamado de Adam Sutler), ao íntimo e, no caso, superdimensionado desejo de vingança, que por vezes leva indivíduos como V. (o mascarado protagonista) a mover montanhas por um motivo íntimo que acaba por tornar-se universal, já que contagia a uma enorme quantia de pessoas e muda totalmente a história da nação britânica fictícia.
Uma frase, dita no mesmo, deixou-me encantada, pois tem um grande significado, visto que demonstra de forma sintetizada os ideais de um típico anarquista, que, a meu ver, defende pensamentos mensuráveis e nada utópicos. Infelizmente, pessoas como V., se é que ainda existem, não são facilmente compreendidas, uma vez que representam a minoria intelectual, ou seja, os poucos que conseguem refletir sobre as condições em que vivem, sobre as injustiças com as quais lidam a todo o momento, e com as consequências das atitudes governamentais de seu país, sem ficar calado, sem consentir com tudo. Enfim, são pessoas que não engolem facilmente o que lhes é transmitido. Bom, a tal frase é a seguinte: "O povo não deve temer seu estado. O estado deve temer seu povo."
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Para tédio tem remédio?
É com muito tédio que escrevo hoje sobre o tédio, por isso, não se surpreendam se este for o pior post do blog, meus queridos admiradores e árduos críticos, pois apenas escrevo sobre isso, pois é o que cerca meus pensamentos no momento. Nada mais, nada menos, só tédio. Decepcionante, não? Bom, antes de qualquer coisa, eu gostaria de declarar que Google é meu pastor, como alguns íntimos já sabem, e nada me faltará! Por isso, tratei logo de pesquisar sobre esse sentimento humano tão irritante e constante na vida urbana de uma garota imatura como eu.
A meu ver, a ocupação da mente com coisas divertidas, sejam elas utopias ou não, torna tudo mais agradável. Uma leitura agradável, uma boa música, um saboroso chocolate, um bom filme, um site engraçado, até mesmo uma paixão platônica, enfim, existem mil estímulos para afastar o tédio da sua vida, basta ter a mente aberta e boa vontade. Meu lema é: se já está ruim, não pode piorar, então vamos dar um jeito de sair da fossa.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
A grande utopia amorosa
Infelizmente, os pais gostam de se apegar à idéia estereotipada de namorado ideal para os filhos. Assim, a filha deve namorar um rapaz inteligente, que saiba conversar, que seja carinhoso e respeitoso, além de todos aqueles nhém nhém nhéns típicos de alguém ligado a valores morais conservadores. Já o filho, prodígio amado da sogra nojenta, deve apresentar aos pais uma menina educada, que não fale palavrão, que não use roupas provocantes e/ou chamativas, que concorde com tudo o que for discutido na mesa do almoço. Ah, e no final lave a louça com a sogra, claro! Mais uma vez, idéia moralista e conservadora de namorada ideal. A partir daí, nasce o estereótipo de sogra chata e sogro ciumento.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Influenziados pela Influenza A. Até quando?
domingo, 9 de agosto de 2009
Breve comentário
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
A impontualidade do amor
"Contra o estado das coisas e as coisas no estado em que estão."
Contra a família, o ato gerador e o amor espontâneo.
Contra o parentesco, a afinidade.
Contra o poder e a culpa de ser pai, a vantagem de comer a filha.Contra o sexo proibido, o sexo.
Contra o sexo casual, o sexo animal.
Contra a guerra dos sexos, o sexo entre os sexos.Contra o desenvolvimento industrial, a educação.
Contra a globalização, o comércio local.
Contra o trabalho, o tempo livre.
Contra a falta de cultura, o ócio.
Contra a desocupação, a atividade artística.
Contra o desemprego, a produção cultural.Contra o governo, nem precisa falar, né?
Contra os capachos do palácio, os capatazes do engenho. Chicotada neles!Contra a Tiazinha, nada não.Contra o estado letárgico, a iniciativa individual.
Contra a indecisão, o risco.
Contra o sucesso, a certeza de alcançar.
Contra o esforço, toda força de vontade.Contra a promessa, a palavra.
Contra o compromisso, o encontro marcado.
Contra a seriedade da coisa, a diversão.Contra a cerveja, o cigarro.
Contra o rock'n'roll, drogas.
Contra o sexo, nada, nunca.E por que não?"
Dedicado a todos aqueles que são considerados "do contra". Afinal, sem essas pessoas tudo seria muito sem graça, muito constante, enfim, muito ruim. São opiniões contrastantes que fazem nascer incríveis debates e ótimas discussões. No entanto, esse texto não está vinculado aos que são "do contra" especificamente, mas ao fato de existir uma oposição para tudo. Por exemplo: não existiria amor, sem a indiferença; não existiria o conceito de vida, sem a morte; não existiria paz, sem a guerra, e por aí vai.
Fiquei motivada a retratar sobre esse tema, pois é algo muito presente no cotidiano de muitas pessoas, uma vez que tudo que existe, só existe com a condição de ter algo se opondo a si próprio. Desse modo, gostaria de relatar sobre a grande diferença que existe entre os estereótipos e a realidade, já que é um dilema que eu mesma vivo diariamente. Bom, como estava discutindo recentemente com duas pessoas queridas, concluí que o mundo enxerga cada um de uma maneira específica, com o tal do estereótipo. É difícil aceitar isso, porém necessário, já que nós mesmos temos um estereótipo, concordando com ele ou não.
É possível perceber que essa teoria pode ser aplicada a várias pessoas conhecidas, tal como: Fulano é chato; Beltrana é burra; Ciclano é interesseiro, etc. Recentemente, escutei de uma sábia amiga que uma grande parcela de pessoas que não me conhece, me enxerga como alguém incapacitada de escrever o que eu escrevo aqui, ao passo que meu comportamento não é cético e idealista, ou até mesmo "intelectual", mas sim o contrário, visto que sou brincalhona e extrovertida (ao que tudo indica, pessoas assim não tem o perfil de quem escreve em um blog, ou, se escreve, é pseudo-intelectual).
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada estereótipo. Exemplos: "todos os alemães são prepotentes", "todos os norte-americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos".
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro.
Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio.
sábado, 1 de agosto de 2009
Foi apenas um sonho (que não se concretizou)!
O atrasado post de hoje será sobre um filme que assisti ontem com minha mãe, que me impressionou de todas as formas possíveis. Enfim, houve o esperado reencontro dos atores de Titanic (1997) em um filme que retrata basicamente o vazio existencial humano e a tristeza de encarar a dura realidade vivida por casais do mundo inteiro, que vêem a necessidade de viver sem toda a paixão do início do relacionamento, em meio a uma rotina desgastante e sem emoções.
Primeiramente, antes de comentar sobre o enredo do longa-metragem, gostaria de ressaltar o talento dos protagonistas Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, que encarnaram de forma brilhante e convincente a vida de um casal que vive um dramático dilema, e sobre o diretor Sam Mendes (American Beauty, 1999), que fez o seu retorno triunfal à indústria cinematográfica com esta obra-prima. De fato, DiCaprio tem um potencial fortíssimo para atuar em filmes dramáticos, pois deu vida ao seu personagem de forma vivaz e transparente, com as emoções contagiando a mim e a minha mãe a cada diálogo que se passava envolvendo ele e sua esposa, interpretada pela genial Kate, uma das melhores atrizes contemporâneas (senão a melhor), e os demais personagens.
Outro destaque do filme é o ator Michael Shannon (indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), que encarnou o ex-matemático-atual-maluco de forma fantástica, uma vez que conseguia ofuscar artistas consagrados, como os que já foram citados anteriormente, toda vez que abria sua boca para iniciar diálogos "insanos” com os mesmos e expressar suas opiniões completamente avessas à realidade que se imperava no subúrbio norte-americano dos anos 50. Seu personagem tem uma importância enorme na história, já que sua função narrativa é comentar e criticar os dilemas vividos pelo casal, de forma mais inconveniente possível.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Pseudo-intelectual.
Recebi na semana passado um e-mail de um amigo com um título que me chamou a atenção; “Como tornar-se um intelectual em poucas lições”. O texto possui algumas dicas para quem não quiser fazer feio em uma reunião de pseudo-intelectuais e recomenda:
1. Comece todas as frases com uma citação de um filósofo, de preferência com um nome alemão, o mais obscuro possível.
2. Se não souber o nome de nenhum filósofo alemão obscuro, procure saber o nome de qualquer jogador de futebol da 3ª divisão austríaca, e lhe atribua uma frase da sua própria autoria. O seu interlocutor não se dará ao trabalho de confirmar.
3. Ouça alguns fragmentos de música clássica, o suficiente para criticar qualquer uma delas, com qualquer pessoa que encontre à sua frente.
4. Leia a orelha e a contracapa dos livros que encontrar na livraria mais próxima, e critique-os junto dos amigos, com cara de quem leu os livros na íntegra.
5. Vá ao dicionário (ou à enciclopédia) e procure as dez palavras com maior número de sílabas que conseguir encontrar. Empregue-as avidamente.
6. Se não quiser ter o trabalho de memorizar as dez palavras, utilize o máximo possível de estrangeirismos. Para este efeito dê preferência a alocuções latinas, francesas e inglesas, pela ordem.
7. Utilize o máximo possível de palavras terminadas em “ismo”, tais como “interpretatismo”, “conceitualismo”, temperismo” e outras, mesmo que não signifiquem coisa nenhuma.
8. Veja filmes antigos e os utilize para comentá-los com expressões tais como: “é o metapsiquismo do transexistencialismo crônico, na observância das condições ‘sine qua non’ para a hermenêutica da propedêutica”.
9. Fale pouco em muitas palavras. Não diga, por exemplo, “Vou beber água”. Fica muito melhor a um pseudo-intelectual dizer “Vou repor o balanço hídrico”. Ainda melhor, poderá dizer: “Vou fazer como a Frieda, o personagem do livro ‘As Virgens do Lago’, de Von Klinkerhoffen, na cena em que ela fala com se dirige ao seu tutor filosófico” – ninguém sabe quem é o Von Klinkerhoffen. Imagine o quanto você brilhar ao dizer que esta verborréia toda significa que vai beber água.
10. Comente as notícias dos telejornais dos canais estrangeiros, da TV a cabo. Qualquer que seja a besteira que você diga ninguém vai notar, pois seus amigos (como você) nunca assistem a esses noticiários.
11. Fale de tudo sem dizer coisa nenhuma, com o ar de quem é o maior perito do mundo no assunto sobre o qual falou.
12. Regra de ouro: Critique, critique, critique... Lembre-se de um ditado muito utilizado entre os músicos: Quem aprende música e sabe tocar, vai ser músico. Quem não sabe, vai ser crítico.
13. Bajule – bajule muito – os ouros pseudo-intelectuais.
14. Fuja – fuja correndo – de perto dos intelectuais verdadeiros. Eles, somente eles, podem descobrir que você é apenas um bocó metido a besta. "
Encontrei esse texto na Internet e adorei, pois "pseudo-intelectual" é um conceito muitas vezes ultilizado em discussões ou diálogos, mas poucas vezes é realmente conhecido. Certa vez, fui chamada de tal "apelido", por razões que já posso imaginar, mas que ainda assim me deixam pensativa e curiosa. Enfim, as pessoas que visitam o meu blog/orkut/twitter, certamente perceberam que eu escrevo formalmente, uma vez que é uma preferência, pois não consigo escrever errado, acho desrespeitoso com quem lê. Desse modo, para alguns, acredito que isso é um indício pseudo-intelectual. Como defesa, respondo: escrever de acordo com a norma padrão, não é pseudo-intelectual, é apenas uma convenção adotada pelas pessoas que gostam de escrever, tal como eu. Ao contrário do que alguns podem pensar, não é uma forma de me elevar, mas sim de respeitar os leitores e a mim.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
O mal do século XXI ?
É incrível como ele tem um efeito semelhante em todo mundo, uma vez que não conheço ninguém que não esteja "viciado" e não atualize o seu perfil diariamente. Para os ignorantes no assunto, atualizar o perfil consiste em postar comentários que tenham no máximo 140 caracteres, e podem ser a respeito de qualquer assunto, ou seja, a temática é livre. Desse modo, cada um tem a liberdade de escrever o que quiser desde que esteja com os impostos 140 caracteres.
De fato, essa imposição é o segredo do sucesso do site de relacionamentos (não deixa de ser, apesar de ser uma espécie de blog), visto que assim as mensagens ficam mais objetivas e dinâmicas, a meu ver, e então mais divertidas. Outro atrativo do Twitter é o fato de que o usuário pode personalizar sua página pessoal de acordo com suas preferências e afins. Ademais, as informações postadas pelo usuário serão visualizadas pelos seus seguidores (followers), que são informados sempre que o mesmo atualiza seu perfil com alguma mensagem, e pelos que acessarem a sua página.
Entre os usuários, podem ser encontradas "celebridades" estrangeiras como Demi Moore, Ashton Kutcher, Nicole Richie, Lindsay Lohan, Elizabeth Taylor, Britney Spears, Miley Cyrus, Lance Armstrong, Al Gore, Arnold Schwarzenegger, Snoop Dogg, Michael Phelps, Rachel Bilson, Yoko Ono, entre outros tantos.
Os artistas brasileiros também não resistem e podem ser encontrados no site, como é o caso de Bruno Gagliasso, Gilberto Gil, José Serra, Paulo Coelho, Maria Rita, Sabrina Sato, Ceará, Vesgo, Marcos Mion e mais um monte! Assim, os fãs seguem seus perfis e mantém-se atualizados sobre a vida de seus "ídolos". Em minha opinião, o Twitter é viciante, pois as pessoas sentem uma enorme necessidade de serem escutadas, afinal, ninguém lê o perfil dos outros com a mesma atenção com que escreve no seu próprio perfil. É um monólogo de pessoas carentes e desocupadas! E eu me incluo nessa galera, feliz ou infelizmente, mas assumo isso de cara limpa. Não sou como algumas pessoas hipócritas que fazem parte do microblogg. Contudo, não me considero carente, não no sentido literal da palavra. Criei o meu perfil, porque eu sinto um prazer imenso em escrever e defender meus pontos de vista, além do fato de gostar de expor isso, algo que pode ser percebido nesse blog, por exemplo. Se isso é carência, não sei, mas me faz bem.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
A primeira pedra
Quem não sofreu, quem não morreu por amor
Todo corpo que tem um deserto
Tem um olho de água por perto
Para aceitar basta oferecer
Para que adiar um desejo
De alguém que lhe quer tanto beijo
Quem de vocês
Resiste a uma tentação
Quem pretende revogar a lei do coração
Dessas vozes duvidar
Deixa a sua natureza se manifestar."
terça-feira, 14 de julho de 2009
Grito de liberdade
Ultimamente ando sem inspiração para escrever aqui, como podem perceber, mas estou vivendo uma ótima etapa da minha vida. Em paz e harmonia com as pessoas que mais amo, sem muitas responsabilidades, sem problemas cotidianos que me tirem do sério e com meus filmes e músicas atualizadíssimos. Acredito que culturalmente estou na minha fase mais rica! Estou com tempo livre e isso me deixa frenética! Posso sair quando eu quiser, dormir até quando eu quiser, tudo está ao meu controle. Sinto-me onipotente, apesar de ter apenas 17 anos e viver sob as dependências da minha mãe.
Nunca estive tão conectada comigo mesma. Isso pode parecer imbecil, mas é ótimo. Mas enfim, gostaria de fazer um breve comentário: Uberlândia precisa de novidades! Não a cidade, que cresce cada vez mais, mas as pessoas. Sair de casa e ver uma população uniformizada é decepcionante. Vale ressaltar que estou comentando do meu grupo social, da "classe média". Isso é tão repugnante, como se as pessoas valessem o que elas podem comprar, mas é a realidade.
Em um mundo materialista sujeito ao imperialismo norte-americano que dita as modas, os costumes e tudo que é "cool" para os adolescentes. Falo isso da forma mais hipócrita possível, uma vez que eu mesma sou influenciada. Mas isso é algo que eu combato todo dia, pois acredito que o nosso país é mil vezes melhor que os EUA, por várias razões, as quais eu não quero aprofundar. Além disso, acredito nos meus gostos e na minha personalidade, prego a diversidade, não gosto de ver cópias na rua, pois esse é o maior sinal de que a burrice impera. Fora isso, tenho um lema: religião, política e questão racial não se discute, sempre dá em pizza! A não ser que as pessoas que estejam discutindo estejam aptas a escutar, algo muito pouco provável, até porque as pessoas preferem falar a ouvir.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Gosto é que nem...
Bom, a meu ver, a última explicação é verossímil. Após refletir sobre o assunto, conclui que muitas pessoas não são autênticas como aparentam. Por mais que a singularidade seja algo extremamente atrativo, a grande maioria das pessoas prefere aliar-se a um grupo com que tenha alguma afinidade, ao invés de assumir sua faceta diante do mundo. Isso acontece pelo simples fato de ser mais fácil, mais "adaptativo", menos complicado. Falando assim parece óbvio, mas não é. A grande verdade é que todos, alguns mais e outros menos, querem ser aceitos.
Desse modo, a regra é a padronização de acordo com a afinidade de cada um. Assim, nascem os "emos", as "pattys", os "alternativos", as "groupies", os "punks", os "cowboys/agro boys", etc. Não obstante, a convivência entre os diversos grupos pode levar a atritos, uma vez que a intolerância é uma característica típica dos seres humanos. O que é diferente do padrão, do que é considerado certo para cada um, provoca repulsa, desprezo e falta de interesse, na maior parte das vezes. A diversidade geralmente é tratada como um problema, não como uma riqueza. Isso, meus caros, é um problema tão antigo e tão imbecil, que deveria ter desaparecido há tempos. Justamente por estar tão enraizado na sociedade, é tão difícil de ser superado. Mas difícil não significa impossível, graças a Deus!
Enfim, falo isso por experiência própria. Em muitas ocasiões fui considerada avessa à regra, diferente, e por isso sofri com a má aceitação em alguns grupos de pessoas. Não estou falando de bullying ou algo do gênero, mas de uma coisa mais branda, porém dolorosa. Desde cedo, minha personalidade provocou esse efeito. Hoje em dia isso não me incomoda mais, apesar de ainda acontecer. Não estou bancando a vítima, até porque essa "má aceitação" foi recíproca em certos momentos, só estou querendo dizer que não é algo positivo e incentivador para ninguém!
Não falo só por mim, mas por várias pessoas que já foram oprimidas pelos grupos majoritários, que insistem em competir e provocar conflitos sempre que surge uma ovelha colorida no bando uniformizado de ovelhas brancas. É algo tão primitivo, tão natural do ser humano, que pode ser percebido em qualquer país, em qualquer grupo, de qualquer idade. Inclusive pessoas que pregam a diversidade, contradizem-se a todo o momento.
Isso é algo que me tira do sério, ainda mais quando acontece com alguém que eu amo. Comigo eu já não me importo tanto, uma vez que construí uma barreira protetora envolta de mim, que me tornou imune a sofrer com isso. Agora, quando eu vejo um grupo menosprezando alguém simplesmente por ser diferente, por agir de modo inesperado, aí eu fico incomodada. Incomodada porque é um grito de insegurança com pose de poder. É uma atitude medrosa mascarada de poderosa. Vocês, leitores, podem perceber que as pessoas mais intolerantes são as mais inseguras. E quanto mais inseguras, mais auto-afirmativas elas são. Aí fica a dica: se alguém gosta de ficar ressaltando suas qualidades, com aquela pose de arrogante, pode saber esse alguém se acha um bosta. E com toda razão!
Portanto, meus caros, vamos conviver melhor com a diferença, afinal, se todos fossem iguais a você que horrível viver!
Beijos e abraços, Isadora.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Rápido post.
A interpretação de cada um acerca dos meus posts é aceita, mas que seja feita com um rigor lógico mais elevado. Em momento algum quis dizer o que estão achando por aí. Mas, se a carapuça serviu, não posso fazer nada, infelizmente.
sábado, 4 de julho de 2009
"Mulher é bicho esquisito todo mês sangra.Um sexto sentido maior que a razão..."
Eu acredito que as mulheres são extremamente complexas, tal como os homens, mas com uma complexidade ainda mais curiosa. Somos nós, como a grande Rita Lee diz um bicho esquisito que sangra todo mês. Agradeço por ter nascido mulher, por ser biologicamente preparada para gerar vidas dentro de mim. Meu grande sonho é ser mãe! Ao contrário de muitas raparigas da minha idade, que sonham em se casar com um príncipe encantado. Casamento, nesse sentido, é utopia! Prefiro ter sonhos realistas, sonhos que podem ser alcançados, tal como a igualdade entre os sexos! Eu acredito que um dia isso irá acontecer. Veja bem hoje, como as coisas já mudaram.
Infelizmente, as mulheres contemporâneas são mais machistas do que pensam. Por isso eu digo: "Eu tento ser feminista", não "eu sou feminista". Até porque isso seria uma ofensa às mulheres que lutaram tão arduamente por essa filosofia no passado.
Hoje, as mulheres educam seus filhos para serem machistas, ensinam suas filhas a serem machistas, entre outros, sem nem perceberem. Por mais que atualmente tenhamos conseguido notabilidade social, o machismo ainda se faz muito presente no cotidiano. Seja no trabalho, seja em casa, seja na escola, seja nas boates! Existem expectativas sustentando isso.
Em função disso, tento me comportar como acho certo. Sustento meus valores acima de tudo, defendo-os até a morte, e jamais vou ser uma mulher capacho! Talvez por isso alguns caras tenham medo de mim hahaha.
Sinceramente, acho que sozinha não vou conseguir mudar nada. Por isso fica o convite: mulheres, vocês querem mudar a sociedade em que vivemos? Querem acabar com os resquícios do machismo que ainda existem? Querem acabar com os preconceitos, como "lugar de mulher é na cozinha!"? Então, minhas caras, comecem mudando vocês mesmas.
Como diria Pablo Picasso: “Para mim só há duas espécies de mulheres: as deusas e os capachos.”
Homens inteligentes defendem pensamentos como esse. Os mais ignorantes e provincianos preferem mulheres submissas, sem voz, sem personalidade. Não sei se tenho mais pena dos homens que pensam assim ou das mulheres que se sujeitam a eles.
Enfim, beijos e abraços para quem fica.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Suprassumos da Quintessência
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Liberdade de expressão
Hmmm... Alguns comentários sobre esse fim de semana: escutei muitas besteiras e fiquei calada, afinal, é melhor não discutir em certas situações, com certas pessoas com opiniões completamente contrárias às nossas. Em outra ocasião, porém, tive que assumir outra posição, em função de falar por uma maioria e não somente por mim. Mas, vejo que foi em vão, uma vez que a maioria optou por calar-se na hora de falar.
Isso é algo que me tira do sério, sabe? Pessoas que, na calada da noite, juntam-se para reclamar e criticar e, com o raiar do sol, negam tudo. Falsidade para alguns, dissimulação para mim. Os dissimulados merecem ser crucificados na cruz da verdade! Tentei disfarçar minha fúria, mas não consegui sucesso. Os mais observadores perceberam que fiquei indignada com a posição dos dissimulados. Contudo, estou aprimorando a arte de não explodir. É difícil, mas não impossível.
No entanto, muitas coisas boas aconteceram também! Ontem, por exemplo, teve a festa junina do COC, muito bacana, por sinal. Tive inúmeras surpresas, como encontrar meus grandes amigos do passado lá. Muito gostoso abrir o baú do passado em momentos tão presentes. A organização do evento acertou e errou em alguns pontos, mas a festa acabou agradando todo mundo. Uns mais, outros menos, mas agradou.
Achei que a decoração deixou a desejar, as comidas estavam frias demais, os ambientes deviam ficar mais bem separados e que estava lotado. Fora isso, amei! Principalmente quando o Estéfani começou a tocar Black Music. Quando ouvi ABC do Jackson Five surtei! Quase chorei! Resumidamente: muitas risadas, muita dança e muita alegria. Achei muito legal o evento dar espaço para tantos estilos musicais diferentes. Teve samba, black music, música eletrônica, música sertaneja e axé. Enfim, uma festa junina nada tradicional mas divertidíssima.