quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lidando com as diferenças


Olá, queridos leitores e árduos críticos,


Venho por meio deste para escrever sobre um tema que é muito interessante, a meu ver, e está presente no cotidiano de todas as pessoas: trata-se do convívio com a diversidade. Cada indivíduo é único, apresentando características que o tornam quem ele é, obviamente. Alguns as deixam transparecer de modo mais explícito, enquanto outros optam por omiti-las. Não obstante, existem pessoas que se filiam a grupos/tribos por dois motivos: por compartilharem características em comum com os membros ou por desejarem isso, tendo, nesse último caso, um quadro mais grave, conhecido como ausência de personalidade (inventei esse conceito hehe).


Admiram o estilo de vida adotado por pessoas de certo grupo e se filiam a ele para tentar ser o que na verdade não são, mas almejam ser. Entende? Há um grupo enorme de pessoas que se importa com o que é bem visto socialmente (ou também mal visto), com a moda do momento (ou com a não-moda, a exemplo das "neo-contracultura"), passam a admirar e começam a agir de forma similar não por serem desse jeito, mas por desejarem ser. Tal evento é comum na adolescência, período marcado por mudanças e descobertas.


Contudo, é possível que se descubram como o que desejam ser. Por exemplo: eu começo a andar com um grupo de pessoas que gosta de ouvir música alternativa e frequenta um bar desse gênero. O que me levou a isso? Admiração. Mas o que me mantém a isso? Satisfação, pois consegui perceber que é essa a minha praia.


Viver em sociedade consiste em aceitar que as pessoas são diferentes. Pode parecer simples, banal, trivial ou até mesmo inútil ficar reiterando isso, mas é a mais pura verdade. Se todos soubéssemos lidar bem com a diferença, não haveriam tantas guerras, tantos moralismos, tanta babaquice. E a diferença não está somente no que é facilmente visível não (lugares frequentados, roupas, etc.), está nos modos de ver e encarar a vida, na forma de amar, no jeito de se comunicar... Está em tudo! Por causa da diversidade, existem debates, discussões e reflexões riquíssimas, que jamais seriam notadas se todos fôssemos iguais.


Em suma, acho válido defender que nós vivemos em uma sociedade tecnocrática, marcada pela velocidade da globalização, pela falta de tempo para o ócio, pelo culto aos bons salários. Assim, é possível notar mudanças nos dias atuais, como: as crianças "amadurecendo" rápido demais, portando celulares, msn's e afins, beijando, transando, quando deveriam estar brincando e curtindo uma das etapas mais deliciosas da vida: a infância. Chego a me assustar quando vejo minhas primas teclando no msn, falando no celular, com 8 anos!


Nos adolescentes a mudança mais visível é a vontade de virar adulto, acompanhado ao esforço de se parecer com um. É possível notar casais de namorados que mais se assemelham a "marido e mulher", jovens ingressando no mercado de trabalho cedo demais (não que eu seja totalmente contra) e o tal do conservadorismo. Os jovens que deveriam ser idealistas, politizados, unidos, liberais, são mais cafonas que os próprios pais! Isso me preocupa.


Existem coisas pontuadas nesse blog que são tão criticadas, tão censuradas, tão punidas socialmente e não por pessoas mais velhas (pois até os meus avós se interessam pelos meus textos), mas por jovens! Isso é inconcebível. Como diria o meu muso Ernesto Guevara: "Ser jovem e não ser idealista é uma contradição genética". A exemplo do meu mais polêmico comentário (essa cidade me surpreende negativamente em certos momentos):


"Sábado fui na Lounge, fiquei perto de pessoas inteligentes conversando sobre coisas engraçadas. Deparei-me com uma legião de playboys lá dentro, o que me deixou um pouco desconfortável. Não gosto de frequentar lugares superficiais, e, sábado, lá estava muito superficial! Fora isso, foi ótimo." Lembram-se? Pois bem, no dia seguinte muitos apareceram revoltados e me punindo por ter dito isso (nas minhas costas e na minha frente), interpretando de uma outra forma que não tinha nada a ver. Tenho certeza de que como escritora eu sou uma boa leitora, mas não tem polissemia no que disse. As pessoas tentam colocar malícia em tudo, infelizmente. Quem vê pensa que a leitura do meu blog é obrigatória, necessária para algum vestibular, imprescindível para a cultura brasileira dos leitores.


Penso que é a famosa carapuça que serviu, pois alguns frequentadores de lá (Lounge) logo se prontificaram de falar mal do meu blog no momento em que era possível. Sorte que, nesse aspecto, sou bem resolvida, não sofro por isso (acho até engraçado incomodar tanto). O incrível é que além de distorcer o que disse, começaram a se sentir ofendidos. Uma novela mexicana! Só para finalizar: não acho que lá seja superficial e cheio de playboys, estaria sendo hipócrita ao dizer isso, uma vez que fui lá três vezes. É uma ótima boite, para quem gosta. Como disse, um sábado fui lá e tinha playboys, PONTO. Entretanto, se a galera que vai lá se considera playboy, aí é rótulo que cabe a eles se dar ou não. Eu não gosto de julgar o que não conheço, colocando rótulos, portanto, essa é a primeira e última vez que toco nesse assunto.


No mais, gostaria que tivessem mais paciência com os erros e as opções de cada um, para que todos vivam melhor. Cada um é cada um! Um beijo, Isadora.

7 comentários:

  1. Realmente lidar com as diferenças é uma tarefa difícil pois o ser humano tende a ser egoísta e acha que sua verdade é absoluta a de qualquer outro. Acredito que os verdadeiro líder é aquele que tem a capacidade de lidar com o diferente e mais que respeita a opinião do outro de forma sadia e madura sem julgar o que escutou da forma que lhe convém para ficar bem dentro de uma sociedade que se sente a maioria. Junto a isso ainda existe o lance da comunicação, que é sempre complexa pq nem sempre o que o outro diz é bem interpretado e assimilado pelo o que escuta,o que acaba fugindo da real verdade, pq atrás disso tem a forma com que ele elabora o que escutou dentro de seu Universo de vida. Pessoas que se colocam acima de outras com discursos sem argumentos tendem a ser pouco razoáveis e justas.
    Espero chegar um dia em que vamos poder viver numa sociedade realmente livre em sua forma de aceitar e respeitar o próximo com suas diferenças sem que isso soe como uma agressão as suas neuroses!

    ResponderExcluir
  2. noooooooooooossa ou, ficou super bom esse post seu. Amei. Tipo, vc falou, respondeu o povo, falou mais um pouco, e terminou tipo "eu voltarei". Muito TOP.
    Adoro seu blog, sério mesmo.
    Adoro vc também. Amo seu geito de ser e de pensar.

    Beeeijoo, Sucesso com os post's.

    ResponderExcluir
  3. Adorei todos os seus posts.
    Compartilho de muitas idéias semelhantes.
    Até porque, como já fora citado aqui, "Ser jovem e nao ser idealista é uma contradição genética".
    Somos detalhistas e críticos em busca de coisas simples, porém difíceis, como a verdade e a justiça.

    Umbeijo!

    ResponderExcluir
  4. vc se contradiz muito! fala que n gosta de rotular mais acaba de chamar certo grupo de playboy... isso n lhe parece rotulo?

    ResponderExcluir
  5. "Penso que é a famosa carapuça que serviu", anônimo.

    ResponderExcluir
  6. nao respondeu minha pergunta isinha per que se acha a sabichonaa!!
    diferente de vc eu rotulo as pessoas e admito!

    ResponderExcluir
  7. Não me acho a sabichona não, parece que você que pensa assim. Mas continue rotulando quem vc quiser, a vida é sua! A minha resposta tem a ver com o que eu disse no texto, se você não entendeu, não sou eu que vou ficar explicando. Beijo da isinha per :*

    ResponderExcluir