Ode ao afeto livre, leve e solto
Desde cedo a vida nos ensina que nada é para sempre e tudo o que é bom, feliz ou infelizmente, dura pouco. Talvez por esse motivo tragamos em nós um desmedido receio de perder algo que represente, de alguma maneira, a nossa felicidade. Creio ser inerente a nós temer o que viole a nossa paz de espírito, trazendo à tona a fragilidade, o incontrolável sofrimento decorrente de uma decepção.
Trata-se, pois, da horripilante ansiedade em lidar com a perda, antes mesmo que ela de fato ocorra. De tal modo, dentro de um relacionamento, esse temor muitas vezes se transforma em paranóia, exteriorizando-se como o irrefreável e poderoso sentimento de ciúme possessivo (note-se que não falo do ciúme bem dosado, muitíssimo bem vindo, aliás). Uma raiva irracional direcionada a terceiros que representem - platonicamente ou não - uma pretensa ameaça. É dada a largada, enfim, para o início de infindáveis discussões que acarretarão em infinitas dores de cabeça completamente evitáveis.
Certa vez ouvi um sábio conselho, que logo deixo com vocês para que reflitam: "Escolha suas batalhas."
Relacionamentos a dois estão longe de ser fáceis e se o fossem, talvez veríamos menos términos, separações e divórcios por aí. Mas pelo amor de Deus pai todo poderoso, até quando as pessoas se comportarão como se fossem proprietárias umas das outras? O câncer dos relacionamentos monogâmicos definitivamente é e sempre será a posse. Estar com alguém não deve simbolizar uma prisão, um cárcere tão sufocante a ponto de fazer despertar a flagrante necessidade de fugir, escapar para outro ambiente mais leve e aconchegante. Sentimentos que começam tão belos transmudarem-se graças a uma insegurança, um primitivo padrão é, para não dizer mais, TRISTE.
Por oportuno, deixo claro que não levanto a bandeira da infidelidade, caso algum típico (a) ciumentinho (a) venha a mal interpretar meu raciocínio; bem longe disso, meus caros. Sou pró-monogamia quando há um desejo mútuo nesse sentido como forma de privilegiar e reverenciar o carinho existente entre duas pessoas. Ora, é encantador gritar para os céus e infernos que você selecionou alguém como o seu cúmplice dentre tantas outras apaixonantes opções existentes nesse mundão deveras selvagem e predatório.
No entanto, não acho plausível controlar os passos, saber detalhadamente com quem mais o seu respectivo mozão se relaciona, a fim de detectar possíveis ameaças ao relacionamento. Consiste na caça aos destruidores de lar idealizados na escuridão de seu calejado e temeroso coração.
Autossabotagem das mais clássicas, ressalto. Na minha opinião, inexiste outra razão por trás do fenômeno carinhosamente apelidado por mim de "GPS-namô", o que, aos meus olhos, soa completamente esquizofrênico, para não dizer mais. Afinal, o lance de pedir permissão para sair e avisar toda hora pra onde/com quem vai /quando volta possuiria qual outro desígnio? Em suma, procurar incessantemente um outro alheio à relação nada mais é do que CONVIDÁ-LO. Antes de desconfiar, experimente a confiança; ao invés de presumir más condutas, delicie-se com as boas e distraia-se com a dor e a delícia de escrever uma história a dois. Por derradeiro, reflita se a sua suposta intuição não é apenas o medo da solidão gritando nos pés dos seus ouvidos - o que é, diga-se de passagem, completamente normal, inclusive. Saiba que rédea apertada demais gera cavalo indócil. Infelizmente, encontramo-nos tão mimetizados e acostumados a agir dessa maneira padronizada quando nos inserimos num namoro/noivado/whatever monogâmico que seja, de maneira que imaginar um caminho alternativo soa, inicialmente, completamente ilusório. Mas permitam-se viver conforme novas regras e crenças, caso a rédea esteja torturando sua alma. Até que ponto vale a pena sufocar seu espírito em prol de uma paixão? Prestar contas só é aceitável quando envolve seu patrão ou seus pais, posto que, independente de sua situação financeira, pai e mãe sempre terão o direito de cobrar notícias acerca do seu paradeiro, just deal with it. Mais amor, menos posse; mais brasa, menos fogo de palha. Pelo fim da propriedade de gente, amém.
Autossabotagem das mais clássicas, ressalto. Na minha opinião, inexiste outra razão por trás do fenômeno carinhosamente apelidado por mim de "GPS-namô", o que, aos meus olhos, soa completamente esquizofrênico, para não dizer mais. Afinal, o lance de pedir permissão para sair e avisar toda hora pra onde/com quem vai /quando volta possuiria qual outro desígnio? Em suma, procurar incessantemente um outro alheio à relação nada mais é do que CONVIDÁ-LO. Antes de desconfiar, experimente a confiança; ao invés de presumir más condutas, delicie-se com as boas e distraia-se com a dor e a delícia de escrever uma história a dois. Por derradeiro, reflita se a sua suposta intuição não é apenas o medo da solidão gritando nos pés dos seus ouvidos - o que é, diga-se de passagem, completamente normal, inclusive. Saiba que rédea apertada demais gera cavalo indócil. Infelizmente, encontramo-nos tão mimetizados e acostumados a agir dessa maneira padronizada quando nos inserimos num namoro/noivado/whatever monogâmico que seja, de maneira que imaginar um caminho alternativo soa, inicialmente, completamente ilusório. Mas permitam-se viver conforme novas regras e crenças, caso a rédea esteja torturando sua alma. Até que ponto vale a pena sufocar seu espírito em prol de uma paixão? Prestar contas só é aceitável quando envolve seu patrão ou seus pais, posto que, independente de sua situação financeira, pai e mãe sempre terão o direito de cobrar notícias acerca do seu paradeiro, just deal with it. Mais amor, menos posse; mais brasa, menos fogo de palha. Pelo fim da propriedade de gente, amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário